O Maranhão é um dos estados pioneiros no país no desenvolvimento do Programa Marco Zero de Combate ao Trabalho Escravo e ou Degradante. Sob a coordenação da Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres), o programa está realizando a intermediação de trabalhadores rurais em vários municípios maranhenses. Mil trabalhadores já estão em fase de seleção para atuarem no plantio e corte de cana-de-açúcar da empresa Agroserra, na região de Balsas.

A primeira etapa do recrutamento ocorreu no período de 16 a 18 de fevereiro, em São Luiz Gonzaga, quando 200 trabalhadores foram selecionados. Na segunda, realizada no período de 02 a 04 de março, no município de Colinas, foram recrutados mais 600 trabalhadores.

A equipe técnica da Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária está seguindo para o município de São Raimundo das Mangabeiras onde mais 200 trabalhadores serão selecionados pela empresa, no período de 10 a 12 de março.

A intermediação desta mão-de-obra é a primeira ação do Projeto Marco Zero, que visa encaminhar trabalhadores para o emprego formal no meio rural, com objetivo de coibir e combater o aliciamento para o trabalho escravo e/ou degradante. O trabalho conta com a parceria da Superintendência Regional do Trabalho.

"Estamos iniciando esse importante projeto, que visa combater o aliciamento dos trabalhadores da zona rural para o trabalho escravo, cadastrando e encaminhando através do Sistema Nacional de Empregos (Sine), trabalhadores rurais para o trabalho formal", declarou a titular da Setres, Terezinha Fernandes.

Segundo Terezinha, essa intermediação irá garantir aos trabalhadores direitos tais como: carteira assinada, salário digno e liberdade.

Marco Zero – O Programa Marco Zero de Combate ao Trabalho Escravo e ou Degradante foi lançado em novembro passado pelo ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi, em solenidade oficial no município de Imperatriz, com as presenças do governador do Maranhão, Jackson Lago, do governador do Piauí, Wellington Dias, e de representantes dos governos do Pará e do Mato Grosso. A ação é desenvolvida nos 04 estados pelas secretarias do Trabalho.