Polícia considera que argentinas aliciadas para prostituição em SC faziam trabalho escravo

 21/08/2009

A Polícia Federal (PF) considera trabalho escravo a situação em que se encontravam as jovens argentinas atraídas por agenciadores a Santa Catarina com promessas de falsos empregos e que acabavam tendo que se prostituir.

Policiais federais que desencadearam a Operação Messalina, na quinta-feira, apuraram que as mulheres tinham o dinheiro dos programas retidos para arcar com gastos com a casa, como produtos de higiene, roupas e viagens.

– Isso vira uma bola de neve com dívidas que se tornam impagáveis. A prostituição pode ser definida como trabalho escravo. E quem ganha dinheiro são apenas aqueles que exploram esse trabalho – afirmou o delegado Márcio Anater, da PF em Dionísio Cerqueira, no Extremo-Oeste, por onde as argentinas entravam no Brasil.

A PF prendeu Lúcia Garcia, conhecida como Mãe, o marido dela, Charles Garcia, em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, e o taxista Hugo Ferlim, em Dionísio Cerqueira. O casal era responsável pelas casas de prostituição na região de Rio do Sul em que as argentinas eram exploradas, segundo a PF. Já o taxista é apontado como agenciador. As jovens tinham, ainda, que pagar multas por faltas cometidas.

 

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