TOCANTINS – A casa Dona Olinda foi inaugurada em dezembro, em Araguaína , com a reunião do Conselho Regional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do curso de formação sobre Reforma Agrária. O espaço foi criado para acolher os trabalhadores rurais vítimas de trabalho e condição escrava.
O coordenador da Campanha Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo da CPT, frei Xavier Plassat, disse que o objetivo é que casa possa ser para as vítimas do trabalho degradante, um "porto seguro, onde possam esquecer a situação que vivenciaram e busquem construir um futuro mais feliz".
– Também sentíamos falta, junto com os movimentos populares da região, de um espaço para reunião, encontro e formação dos ativistas deste outro mundo possível, necessário e tão urgente que sonhamos – destacou.
Segundo Plassat, os recursos aplicados na obra são oriundos de indenizações pagas por empregadores da região em reparação parcial aos danos morais provocados por suas práticas contra a dignidade e a liberdade dos trabalhadores.
A casa, localizada a sete quilômetros de Araguaína, possui 24 leitos em seis quartos e 50 redes distribuídos nos vários espaços. O nome da casa é uma homenagem a Olinda Moraes, mãe do Padre Josimo Tavares, mártir da luta pela terra no Bico do Papaguaio. Também foram inaugurados e batizados a oca do Povo, o recanto Frei Tito de Alencar Lima e o salão Dom Heriberto Hermes.