Grupo Móvel resgata cinco de trabalho análogo ao de escravo no Maranhão

 08/06/2010

O Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Maranhão (SRTE/MA) realizou operação que culminou na libertação de cinco trabalhadores submetidos à condição análoga ao de escravo no último dia 13 de maio. Entre os resgatados havia uma mulher e um menor de 17 anos que exercia a função de vaqueiro em uma fazenda localizada no lugarejo São Félix, na Estrada Codó, rumo a Governador Archer (MA).

Segundo o coordenador do Grupo Móvel, o auditor fiscal do Trabalho Carlos Henrique Oliveira, além da ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), os cinco trabalhadores estavam alojados em um casebre de taipa coberto de palha de babaçu, em precárias condições de habitação e higiene.

"O casebre não possuía qualquer instalação sanitária e os empregados do roço se viam obrigados a beber e utilizar, no dia-a-dia, água de coloração amarelada retira de uma cacimba infestada de sapos e rãs", realtou o auditor.

A alimentação do grupo era composta basicamente de arroz misturado com folhas de "vinagreira", pimenta e limão.

O chefe do Grupo Móvel revelou ainda que os trabalhadores estariam supostamente endividados junto a comerciantes locais indicados pelo "gato" (agenciador de mão-de-obra ilegal). Segundo o auditor, a remuneração mensal de R$ 120,00 – atrasada há pelo menos três meses – e os preços "superfaturados" dos produtos eram as causas do endividamento.

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