Uma rede de apoio às investigações e à repressão do tráfico de pessoas está sendo criada no interior de São Paulo. Em reunião realizada em Campinas, quinta-feira, o Ministério Público do Trabalho foi formalmente convidado a integrá-la, juntamente com órgãos como Polícia Federal, Polícia Militar e outras entidades.
Participaram do encontro o procurador-chefe do MPT em Campinas, Alex Duboc Garbellini, a procuradora e representante em exercício da Coordenadoria Nacional de Combate ao Trabalho Escravo no interior de São Paulo, Catarina Von Zuben, a representante do Núcleo de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Ana Flávia Dioga, e a representante do Conselho Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Sandra Batista Penteado.
No encontro ficou estabelecida a participação da Procuradoria no Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas na região de Campinas, que será estruturado durante oficina que acontecerá no próximo dia 20 de julho, sem local determinado.
O objetivo do Comitê é estabelecer uma conjunção de esforços entre instituições que atuam no combate ao tráfico, seja pelo levantamento de informações nos processos investigatórios, pela repressão aos infratores, ou pela sensibilização para criação de políticas públicas. O trabalho será realizado em 4 frentes específicas: exploração sexual, exploração do trabalho, tráfico de órgãos e exploração de crianças e adolescentes.
Em São Paulo, o Comitê de Enfrentamento já existe desde 2004, por meio de iniciativa da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo em parceria com o Instituto Latino Americano de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos.