Por Vanessa Corrêa
O Mato Grosso é um dos estados que mais se destacam no combate ao trabalho escravo no Brasil. As ações de fiscalização no estado vêm sendo eficazes, pois diminuem o número de trabalhadores em situação degradante.
"Nós triplicamos o número de operações no campo e o número de trabalhadores encontrados em situação de trabalho escravo tem recuado", afirmou o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso, Valdiney Arruda.
O estado possui dois diferenciais: ações integradas com outros órgãos e a qualificação para os egressos do trabalho escravo. Há uma subcomissão chamada Grupo de Repressão que se reúne mensalmente e dele participam: MPF, MTE, MPT, PF, GGI, Polícia Civil e Secretaria de Justiça. "È feito um trabalho de inteligência, há uma ação de investigação, analisamos as denúncias mais graves, cruzamos dados", afirmou.
Quando é detectado um crime ambiental, por exemplo, o IBAMA, ao constatar que há indícios de trabalho escravo, entra em contato com o Ministério do Trabalho e o grupo móvel vai ao local. "Há integração", diz o superintendente.
A qualificação é outro ponto importante pois evita a reincidência no trabalho degradante. São coletados dados do cadastro do seguro desemprego, selecionados egressos de trabalho escravo, é feita uma identificação, um questionário e o trabalhador é encaminhado para cursos de acordo com seu perfil.
"Oferecemos qualificação para operar máquinas agrícolas e também manejo de suínos. Providenciamos também o avanço escolar para conclusão do ensino médio e formação em cursos técnicos como, por exemplo, eletricista de manutenção industrial"