São Paulo – Estudo apresentado nesta quarta pelo Grupo de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), durante o terceiro seminário do Pacto Nacional de combate ao trabalho escravo mostra que poucas empresas listadas na Bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) estão atentas ao tema.
Apenas 17% (52% em ativos) das empresas do mercado acionário consultadas responderam à entrevista enviada, e, destas, apenas 37% são signatárias do Pacto Nacional. Outras 41% informaram intenção de assinar o pacto nos próximos 12 meses.
Entre as empresas que responderam à pesquisa, 22% disseram buscar informações sobre seus fornecedores junto ao cadastro do Ministério do Trabalho e Emprego que mostra empregadores flagrados utilizando mão-de-obra escrava, conhecido como ‘Lista Suja´. E ainda 76% das empresas buscam, de alguma forma, informações sobre a idoneidade das fornecedoras.
A pesquisa é parte de um movimento pela inserção do tema junto ao conjunto de empresas com capital na Bolsa de Valores, que inclui palestras e workshops sobre trabalho escravo. A intenção do projeto é informar sobre os riscos de imagem e, principalmente, sobre riscos financeiros aos quais as empresas estão passíveis caso pactuem com fornecedores que utilizam mão-de-obra escrava.
Pacto
O terceiro seminário do Pacto Nacional de combate ao trabalho escravo reúne representantes de empresas signatárias do documento e instituições nacionais e internacionais ligadas ao tema. Saiba mais sobre o pacto acessando www.pactonacional.com.br (RR)