O diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte, Luiz Antonio Pagot, foi o primeiro político mato-grossense que chegou ao Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, para acompanhar a apuração dos votos do segundo turno.
Na oportunidade, Pagot avaliou porque Dilma Rousseff (PT) perdeu para José Serra (PSDB) em Mato Grosso. Segundo ele, o setor madeireiro e pecuarista tem um certo ressentimento com o Governo Federal por conta das Operações da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recurso Renováveis (IBAMA). Para ele, essas são algumas das razões que explicariam a rejeição da petista no estado.
Para ele, o setor madeireiro foi colocado na marginalidade nos últimos anos. "Em vez de se fazer um Plano Abrangente para incluir o setor na legalidade, o afastaram mais com as prisões", avaliou Pagot.
De acordo com ele, as apreensões de trabalho escravo nas fazendas do Estado também justificariam a baixa aprovação de Lula e baixa votação de Dilma no estado. "A questão do trabalho escravo pegou duro Mato Grosso. Não é que alguém seja a favor do trabalho escravo, não é isso. Mas as exigências do Ministério do Trabalho são exageradas. Em algumas fazendas as instalações dos trabalhadores são superiores às que eles têm em suas residências nas cidades", afirmou Pagot.
Segundo Pagot, outro fator que desagrada o setor produtivo é a burocracia do IBAMA e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA). "A demora para se tirar uma licença ambiental é muito grande", observou.
Autor: Glaucia Colognesi PnBOnline
Fonte: O NORTÃO