A Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae) vai adotar medidas preventivas para evitar a contratação de trabalhadores em condições degradantes na área da construção civil, incluindo as obras para a Copa do Mundo de 2014. A presidente do Coetrae, Thais Camarinho, informou que essa é uma das metas para o ano de 2011. Hoje é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O bom momento que vive a construção civil e a quantidade de trabalhadores buscando emprego na área tornaram-se motivos de preocupação em relação às condições de trabalho ofertadas. "Vamos tentar fomentar ações para regulamentar a lei 8.600, de 2006, que determina que o Estado, incluindo a Agecopa, não contrate empresas que já tenham sido flagradas com trabalhadores em situação de trabalho escravo", explicou Thais Camarinho. As ações previstas para o ano de 2001 do Coetrae serão apresentadas em solenidade que será realizada amanhã. Estão previstas exposição de fotos e vídeo das ações de repressão e prevenção ao combate do trabalho escravo. Ontem, o procurador-geral do Trabalho, Otávio Brito Lopes, esteve em Mato Grosso para conhecer o Projeto Integrado de Qualificação de Egressos do Trabalho Escravo. O Ministério Público do Trabalho pretende implantar o projeto, criado em 2009, em outros estados. Os trabalhos consistem em resgatar os trabalhadores das condições análogas à de escravidão em Mato Grosso e, depois investir na qualificação profissional dessas pessoas, por meio de cursos ofertados pelo SESI/SENAI. O encaminhamento para o mercado de trabalho é feito pelo SINE, CUFA, SENAI, SESI, pela AMPA e por empresas que querem participar do projeto. Ele é desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso e parceiros. CAROLINA HOLLANDDa Reportagem