Reunião discute ações contra trabalho escravo

 02/03/2011

A Prefeitura começa a definir estratégias para combater situações semelhantes ao trabalho escravo em Campinas. Na manhã desta quarta-feira, 2 de março, as secretarias de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Trabalho e Renda, Assuntos Jurídicos e Urbanismo se reuniram com representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Campinas, Procuradoria Geral do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Delegacia do Trabalho para uma discussão preliminar sobre as iniciativas que serão tomadas em conjunto pelos órgãos competentes para que os trabalhadores não sejam submetidos à condições subumanas no ambiente de trabalho.

No encontro desta quarta-feira ficou definido que no dia 17 de março, às 15h, haverá uma nova reunião entre os mesmos representantes para apresentar quais serão as ações tomadas em conjunto com os órgãos do poder público e sindicato para enfrentar os problemas de trabalho semelhante ao escravo em Campinas. Mas, enquanto isso, os secretários de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, e de Trabalho e Renda, Sebastião Arcanjo, prometeram ficar atentos à situações como a que foi encontrada na semana passada pela Guarda Municipal no Jardim Florence.

Na terça-feira da semana passada, dia 22 de fevereiro, a GM recebeu uma denúncia de que um grupo de operários da construção civil estava em condições subumanas no Jardim Florence I. A corporação encontrou, em um galpão de uma padaria desativada, 27 operários em condições de privação, sem água ou comida.

Segundo as primeiras informações, os trabalhadores são contratados pela empresa responsável pela construção do Residencial Cosmos, empreendimento particular, destinado a famílias de baixa renda na mesma região. A Guarda Municipal solicitou a presença da Polícia Federal no local, já que cinco dos trabalhadores são do estado de Maranhão. A PF prosseguirá com as investigações sobre caso, mas adiantou que indiciará o proprietário da empresa contratante, seu gerente e o encarregado da obra, por crime de condições análogas à escravidão.

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