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Trabalho degradante tem alta, afirmam construtoras

Pelo menos 500 trabalhadores foram flagrados em condições degradantes de trabalho nos canteiros de obras da RMC (Região Metropolitana de Campinas) neste ano. A estimativa é do Sinticom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campinas e Região). Alojamentos superlotados, com condições de segurança e higiene precárias, retenção de documentos, atrasos salariais, aliciamento e dívidas com o empregador são algumas das irregularidades mais comuns, de acordo com o MPT (Ministério Público do Trabalho). Para discutir os casos de trabalho escravo e degradante registrados na região, o MPT realiza, às 9h30, de amanhã, audiência pública no auditório da GM (Guarda Municipal), na Avenida Moraes Sales, no Centro de Campinas. O MPT informou que cerca de 110 construtoras e empreiteiras que possuem obras ativas em Campinas foram notificadas para comparecer à audiência. Além do MPT, a reunião contará com a participação de representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, Prefeitura de Campinas, PF (Polícia Federal) e MPF (Ministério Público Federal). "Sempre encontramos trabalhadores em situação de trabalho escravo, mas, neste ano, a situação se agravou", disse Luiz Albano da Silva, do Sinticom. Segundo ele, é preciso "acabar com a farra" por parte de algumas empreiteiras que terceirizam o serviço de forma irregular. A presença nas cidades do "gato" como o intermediador de mão de obra para a construção de empreendimentos, a forma como os migrantes são alojados, o esquema de contratação e a maneira como a legislação de segurança é vista ou adotada pelas terceirizadas trouxe à tona evidências de que a participação sem limites de empreiteiras na execução de obras representa um prejuízo em potencial aos trabalhadores. "Os trabalhadores, geralmente, são trazidos do Norte e do Nordeste", disse Silva. "A escassez de mão de obra qualificada agravou o problema diante de um mercado imobiliário aquecido." De acordo com a assessoria de imprensa do MPT, os órgãos participantes devem recomendar às empresas o cumprimento integral da Norma Regulamentadora nº 18, apresentando os termos da lei e evidenciando as consequências em caso do não cumprimento, que podem variar de multas à responsabilização penal. A NR-18 é um conjunto de cláusulas que dispõem sobre medidas de medicina e segurança do trabalho que devem ser adotadas pelas empresas na construção de empreendimentos imobiliários. DETERMINAÇÕESPor causa das recentes ocorrências de trabalho escravo e degradante em obras da região, a audiência deverá trazer diretrizes que deverão ser adotadas na melhoria das condições de trabalho nos canteiros de obras.

Pelo menos 500 trabalhadores foram flagrados em condições degradantes de trabalho nos canteiros de obras da RMC (Região Metropolitana de Campinas) neste ano. A estimativa é do Sinticom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campinas e Região). Alojamentos superlotados, com condições de segurança e higiene precárias, retenção de documentos, atrasos salariais, aliciamento e dívidas com o empregador são algumas das irregularidades mais comuns, de acordo com o MPT (Ministério Público do Trabalho).

Para discutir os casos de trabalho escravo e degradante registrados na região, o MPT realiza, às 9h30, de amanhã, audiência pública no auditório da GM (Guarda Municipal), na Avenida Moraes Sales, no Centro de Campinas. O MPT informou que cerca de 110 construtoras e empreiteiras que possuem obras ativas em Campinas foram notificadas para comparecer à audiência.

Além do MPT, a reunião contará com a participação de representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, Prefeitura de Campinas, PF (Polícia Federal) e MPF (Ministério Público Federal). "Sempre encontramos trabalhadores em situação de trabalho escravo, mas, neste ano, a situação se agravou", disse Luiz Albano da Silva, do Sinticom.

Segundo ele, é preciso "acabar com a farra" por parte de algumas empreiteiras que terceirizam o serviço de forma irregular.

A presença nas cidades do "gato" como o intermediador de mão de obra para a construção de empreendimentos, a forma como os migrantes são alojados, o esquema de contratação e a maneira como a legislação de segurança é vista ou adotada pelas terceirizadas trouxe à tona evidências de que a participação sem limites de empreiteiras na execução de obras representa um prejuízo em potencial aos trabalhadores. "Os trabalhadores, geralmente, são trazidos do Norte e do Nordeste", disse Silva. "A escassez de mão de obra qualificada agravou o problema diante de um mercado imobiliário aquecido."

De acordo com a assessoria de imprensa do MPT, os órgãos participantes devem recomendar às empresas o cumprimento integral da Norma Regulamentadora nº 18, apresentando os termos da lei e evidenciando as consequências em caso do não cumprimento, que podem variar de multas à responsabilização penal. A NR-18 é um conjunto de cláusulas que dispõem sobre medidas de medicina e segurança do trabalho que devem ser adotadas pelas empresas na construção de empreendimentos imobiliários.

DETERMINAÇÕES
Por causa das recentes ocorrências de trabalho escravo e degradante em obras da região, a audiência deverá trazer diretrizes que deverão ser adotadas na melhoria das condições de trabalho nos canteiros de obras.


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