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Site tenta envolver consumidores em combate a trabalho escravo

Você sabe quantos escravos trabalham em seu nome? Muitos podem presumir que a resposta a essa pergunta provocativa e inquietante é "nenhum", mas os criadores de um novo site querem demonstrar como o trabalho forçado equivale à escravidão. Um grupo sem fins lucrativos financiado pelo Departamento de Estado americano fundou o site Slavery Footprint, cujo objetivo é mostrar que trabalhadores escravos estão ligados a todos os tipos de produtos de uso diário, de eletrônicos e joias a roupas. Eles esperam envolver os consumidores no assunto para fazer com que tenham necessidade de agir a respeito, principalmente exigindo que as empresas selecionem cuidadosamente as cadeias de abastecimento de seus produtos para garantir que nenhum "trabalho escravo" foi usado na fabricação. "O que estamos tentando fazer é tornar a questão um problema de todos", disse Luis CdeBaca, embaixador do Gabinete de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas do Departamento de Estado. "As pessoas ficam horrorizadas quando descobrem o que está acontecendo." O nome do site significa "pegadas da escravidão", uma espécie de trocadilho com o conhecido termo "pegadas de carbono". A página procura apontar as áreas da vida do consumidor onde a organização acredita que a escravidão é provavelmente mais utilizada para a fabricação de produtos. O site define um escravo como "alguém que é forçado a trabalhar sem remuneração, sendo explorado economicamente e incapaz de se afastar dessa situação". O Departamento de Estado estima que existam 27 milhões de escravos no mundo. O site orienta os usuários através de um conjunto de perguntas, através das quais define onde eles vivem, em que tipo de habitação vivem, quantos filhos têm, quantos carros usam, o que comem e que tipos de coisas compram. Depois, oferece uma pontuação numérica de quantos escravos os usuários têm a seu serviço. A média é de 55. O site foi criado pelo Fair Trade Fund (Fundo de Comércio Justo, em tradução literal), um grupo sem fins lucrativos com sede na Califórnia, que usa a mídia para promover a defesa de questões problemáticas, especialmente a escravidão humana. Entre seus projetos estão o "Call+Response", um filme sobre o tráfico de escravos, e o Chain Store Reaction, um site que encoraja os consumidores a enviar emails para empresas desafiando-as a definir suas políticas sobre o tráfico humano. As respostas das empresas, ou a falta delas, são publicadas no site. Com base no filme e no site, o Departamento de Estado procurou o Fair Trade Fund para criar o site Pegadas da Escravidão com uma doação de US$ 200 mil. Justin Dillon, 42, presidente-executivo da organização, disse que o site não tem empresas específicas como objetivo. Em vez disso, mostra aos consumidores costumam implicar em trabalho escravo. Por Andrew Martin

Você sabe quantos escravos trabalham em seu nome? Muitos podem presumir que a resposta a essa pergunta provocativa e inquietante é "nenhum", mas os criadores de um novo site querem demonstrar como o trabalho forçado equivale à escravidão.

Um grupo sem fins lucrativos financiado pelo Departamento de Estado americano fundou o site Slavery Footprint, cujo objetivo é mostrar que trabalhadores escravos estão ligados a todos os tipos de produtos de uso diário, de eletrônicos e joias a roupas.

Eles esperam envolver os consumidores no assunto para fazer com que tenham necessidade de agir a respeito, principalmente exigindo que as empresas selecionem cuidadosamente as cadeias de abastecimento de seus produtos para garantir que nenhum "trabalho escravo" foi usado na fabricação.

"O que estamos tentando fazer é tornar a questão um problema de todos", disse Luis CdeBaca, embaixador do Gabinete de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas do Departamento de Estado. "As pessoas ficam horrorizadas quando descobrem o que está acontecendo."

O nome do site significa "pegadas da escravidão", uma espécie de trocadilho com o conhecido termo "pegadas de carbono". A página procura apontar as áreas da vida do consumidor onde a organização acredita que a escravidão é provavelmente mais utilizada para a fabricação de produtos.

O site define um escravo como "alguém que é forçado a trabalhar sem remuneração, sendo explorado economicamente e incapaz de se afastar dessa situação".

O Departamento de Estado estima que existam 27 milhões de escravos no mundo. O site orienta os usuários através de um conjunto de perguntas, através das quais define onde eles vivem, em que tipo de habitação vivem, quantos filhos têm, quantos carros usam, o que comem e que tipos de coisas compram. Depois, oferece uma pontuação numérica de quantos escravos os usuários têm a seu serviço. A média é de 55.

O site foi criado pelo Fair Trade Fund (Fundo de Comércio Justo, em tradução literal), um grupo sem fins lucrativos com sede na Califórnia, que usa a mídia para promover a defesa de questões problemáticas, especialmente a escravidão humana. Entre seus projetos estão o "Call+Response", um filme sobre o tráfico de escravos, e o Chain Store Reaction, um site que encoraja os consumidores a enviar emails para empresas desafiando-as a definir suas políticas sobre o tráfico humano.

As respostas das empresas, ou a falta delas, são publicadas no site.

Com base no filme e no site, o Departamento de Estado procurou o Fair Trade Fund para criar o site Pegadas da Escravidão com uma doação de US$ 200 mil.

Justin Dillon, 42, presidente-executivo da organização, disse que o site não tem empresas específicas como objetivo. Em vez disso, mostra aos consumidores costumam implicar em trabalho escravo.

Por Andrew Martin


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