A Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Diocese de Conceição do Araguaia (PA), o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Santa Maria das Barreiras (BA) e a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Sul do Pará (Fetagri/Sul) denunciaram mais um ato alarmante de violência relacionado com conflitos agrários na região amazônica.
A íntegra da nota divulgada nesta quarta-feira (5) pelas entidades pode ser conferida no Blog da Redação da Repórter Brasil.
Desta vez, 50 famílias acampadas na beira de uma estrada em Santa Maria de Barreiras (PA), nas proximidades da Fazenda Riachuelo, foram expulsas de forma truculenta por uma milícia armada (formada por 18 homens, alguns deles encapuzados), que teria agredido, dado tiros de intimidação e até amarrado camponesas e camponeses sem-terra.
Durante a ação, os acampados receberam ameaças de morte "a quem retornasse na área". Três pessoas ainda permanecem desaparecidas. Feridos durante a expulsão foram atendidas em hospitais de Redenção (PA).
Mato Grosso do Sul
O Blog da Redação destaca também que mais um indígena do povo Guarani-Kaiowá foi alvo de atentado no Mato Grosso do Sul.
Informações de índios do Acampamento Y´Poi relatam que, na última quinta-feira (29), por volta das 16h, o jovem Isabelino Gonçalves sofreu uma tentativa de assassinato durante emboscada de pistoleiros. Ele conseguiu escapar dos tiros ao se atirar numa vala e sofreu apenas escoriações.
Dois dias antes, na última terça-feira (27), Teodoro Ricardi, de apenas 25 anos, Guarani-Kaiowá do mesmo acampamento, foi espancado até a morte. O corpo de Teodoro – primo de Genilvado Vera e Rolindo Vera, professores indígenas assassinados em agosto de 2009 – ainda não havia sido enterrado quando houve a emboscada a Isabelino.
Levantamento parcial do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) atesta que, dos 38 assassinatos de indígenas ocorridos até o momento ao longo deste ano, 27 (71%) foram no Mato Grosso do Sul. Em 2010, 53% dos assassinatos de indígenas ocorreram no Estado.
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