No próximo dia 25, o Movimento Humanos Direitos (MHuD) e o Grupo de Pesquisa em Trabalho Escravo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizarão a entrega do prêmio João Canuto/2012, destinado a pessoas ou entidades que se destacaram na defesa dos Direitos Humanos.
As honras neste ano ficarão com, entre outros nomes, a cineasta Lucia Murat, autora do filme “Uma Longa Viagem”; a diretora geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Maria Alice Nascimento Sousa; o educador Gil Quilombola; e o Procurador da República Felício Araújo Pontes Jr.
A cerimônia acontece às 18 horas no Auditório Manoel Maurício, no prédio do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFRJ (Av. Pasteur, 250 – Urca, Rio de Janeiro – RJ). Mais informações podem ser encontradas aqui.
O nome do prêmio presta homenagem ao dirigente sindical João Canuto, assassinado com 18 tiros no dia 18 de dezembro de 1985, e uma das principais lideranças engajadas na luta pela reforma agrária no sul do Pará. Ele foi morto a mando de latifundiários da região. Um dos envolvidos no crime é Adilson Carvalho Laranjeira, fazendeiro e prefeito de Rio Maria (PA) na ocasião do assassinato.
O crime foi denunciado pelo Ministério Público só em 1996, após pressão de organizações de direitos humanos. Demorou até 2001 para que os dois acusados, Adilson Laranjeira e Vantuir Gonçalves de Paula, fossem pronunciados como mandantes do assassinato. Neste hiato, três dos filhos de Canuto – Orlando, José e Paulo – foram sequestrados; dois foram assassinados.
Serão premiados na edição deste ano Dom Fernando Saburido (Arcebispo de Olinda e Recife (PE)); Felício de Araújo Pontes Jr (Procurador da República, no Pará); Gil Quilombola (Educador e Defensor dos Direitos Humanos, no Maranhão); Laísa Santos Sampaio (Professora e Ambientalista no Pará); Lucia Murat (cineasta, do Rio de Janeiro); Márcia Miranda (Teóloga e Defensora dos Direitos Humanos, do Rio de Janeiro); Maria Alice Nascimento Sousa (Diretora Geral da Polícia Rodoviária Federal); e a ONG Apitaço (cuja fundadora é Rejane Maria Pereira da Siva, de Pernambuco).
Na ocasião também ocorrerá o lançamento do prêmio Dom Pedro Casaldáliga pela Erradicação do Trabalho Escravo, iniciativa da Comissão Estadual de Trabalho Escravo do Mato Grosso (Coetrae-MT) e outras organizações, como a Repórter Brasil. O regulamento do Prêmio Casaldáliga está disponível aqui.