Em reunião ocorrida na quinta-feira, 18, no Ministério Público do Estado, entre o Instituto Evandro Chagas e a Promotoria de Justiça da I Região Agrária do Pará, foi realizada a apresentação dos resultados de Avaliação das águas superficiais e sedimentos numa área de 840 km², localizada na região do dendê no baixo-tocantins. A escolha da área investigada decorreu da apuração das denúncias constantes no Relatório intitulado “Expansão do dendê na Amazônia Brasileira: elementos para uma análise dos impactos sobre a agricultura familiar no nordeste do Pará” elaborado pelo Repórter Brasil, com apoio da FASE.
Segundo o IEC foram coletadas amostras em 18 pontos da área que está localizada entre os Municípios de São Domingos do Capim, Concórdia do Pará, Bujaru e Acará. Dos 18 pontos coletados foram identificadas áreas contaminadas em 14 pontos, verificando-se a presença de agrotóxico que segundo a ADEPARÁ é utilizado na cultura do dendê, bem como cianobactérias, provenientes de carga orgânica que podem ter relação com a quantidade de agrotóxicos utilizados na área. A detecção destes compostos pode estar associada aos relatos das comunidades do local que se queixam de coceiras, erupções na pele, doenças em animais como galinhas e patos.
Texto publicado originalmente na página do Ministério Público do Estado do Pará