Moda Livre passa a monitorar 77 grifes e varejistas

Atualização do APP será lançada durante o Fashion Revolution Day SP. Ferramenta avalia ações de empresas para evitar trabalho escravo na produção de suas roupas.
 18/04/2016

A Repórter Brasil lança nesta segunda-feira (18 de abril) uma expansão do seu aplicativo para o consumo consciente de roupas, o “Moda Livre”. Com a atualização, serão incorporadas 25 novas marcas à ferramenta, incluindo alguns dos mais importantes nomes do varejo nacional. Serão atualizadas também as informações sobre as dezenas de grifes já presentes na base de dados.

A nova versão do “Moda Livre” será apresentada ao público durante o Fashion Revolution Day SP. A iniciativa faz parte da campanha global Fashion Revolution, que promove eventos em todo o mundo para conscientizar o público sobre o verdadeiro custo da moda e sobre seus impactos, da produção ao consumo.

Faça o download do aplicativo para iOS (Iphone) e Android.

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O Moda Livre avalia as ações que as principais empresas do setor vêm tomando para evitar que as suas peças sejam produzidas por mão de obra escrava. Além disso, oferece ao consumidor, de forma ágil e acessível, informações sobre as marcas envolvidas em casos de trabalho escravo na indústria do vestuário nacional.

Com a nova atualização , realizada com apoio da DGB Bildungswerk, o APP passa a contar com 77 grifes e varejistas em sua base de dados. A ferramenta pode ser baixada gratuitamente para Android e Iphone. Desde o seu lançamento, em dezembro de 2 já teve cerca de 50 mil downloads.

O Moda Livre é uma realização da equipe de jornalismo da ONG Repórter Brasil. Durante o Fashion Revolution Day SP, além de lançar a nova versão do APP, a ONG também participará de uma roda de conversas sobre a realidade do trabalho escravo no setor.

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Os escravos da moda

Nos últimos 10 anos, centenas de trabalhadores – principalmente imigrantes de outros países sul americanos – já foram identificados produzindo roupas em situação de escravidão dentro de pequenas e precárias oficinas de costura no Brasil. A capital paulista e a região metropolitana de São Paulo (SP) concentram a maior parte dos casos do gênero já flagrados por fiscais do governo federal.

Quase sempre estas oficinas são empreendimentos terceirizados, que, não raro, produzem para grifes de renome nacional. Há também muitos flagrantes de trabalho escravo associados a pequenos varejistas instalados em importantes polos comerciais de roupas, como o bairro paulistano do Bom Retiro.

O Moda Livre dá ampla repercussão a essa realidade. Além de analisar o histórico e as políticas de marcas relevantes no mercado de moda brasileiro, também possui uma seção de notícias onde são disponibilizadas todas as reportagens e artigos publicados no site da Repórter Brasil sobre trabalho escravo no setor. Sempre que um conteúdo do gênero é publicado, os usuários do APP recebem uma alerta através de um sistema de “push notifications”.

Serviço

O quê: Lançamento da atualização do “Moda Livre”
Quando: 18 de abril (segunda-feira), a partir das 17 h
Onde: Escola São Paulo (Rua Augusta, 2239, próximo ao metrô Consolação)

Entrada gratuita. Mais informações sobre o evento:

http://fashionrevolution.org/event/fashion-revolution-day-sao-paulo-2/

 

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