Perguntas da Repórter Brasil e respostas da advogada da Nobre Indústria Têxtil, referente à reportagem “Trabalhador queima metade do corpo após juiz liberar máquina interditada por fiscais”:
Perguntas da Repórter Brasil:
– Joel Valdemiro de Borba teve mais de 70% do corpo queimado enquanto operava uma máquina de tintura no dia 7 de março. Ao que a empresa atribui o acidente?
– Que medidas de segurança foram tomadas após o acidente com Joel Valdemiro de Borba?
– Joel Valdemiro de Borba passou 45 dias no hospital após o acidente. Que auxílios a empresa prestou a ele nesse período?
– Ao que a empresa atribui o acidente com o funcionário Alexandre Souza da Silva no dia 25 de março?
– Que medidas de segurança foram tomadas após o acidente com Alexandre Souza da Silva?
– Em ambos os acidentes, auditores fiscais do trabalho apontaram que a máquina que eles operavam poderia ser aberta enquanto ainda estava pressurizada, o que teria causado a queimadura no corpo de ambos funcionários. Ao que a empresa atribui esse erro que permitiu dois acidentes semelhantes acontecerem em um intervalo de menos de um mês?
– Em sua defesa, a empresa afirmou que só teve um acidente com caldeira em 25 anos de atividade e que, por isso, a fábrica teria segurança para seu funcionamento. Entretanto, um acidente ocorreu na semana seguinte à volta do funcionamento das máquinas. Diante do acidente, a empresa acredita que realmente havia segurança para a volta do funcionamento das caldeiras?
Resposta de Brenda Morastoni, advogada da Nobre Indústria Têxtil:
Informo-lhe que houveram dois acidentes na empresa, os quais tiveram motivos e maquinários distintos.
A empresa está dando apoio aos acidentados e internamente vem promovendo sindicância nas máquinas, além de plano de ação em conjunto com as orientações
do próprio auditor fiscal e profissionais técnicos contratados. Está urgindo procedimentos internos para as adequações necessárias e para combater qualquer situação de risco.
No mais, está há 25 (vinte e cinco) anos no mercado, na ausência de acidentes graves, inclusive sempre proporcionou cursos aos seus operadores, inspeção regular dos maquinários e válvulas, investimentos de manutenção e, inclusive, recentemente ficou elucidado mediante perícia técnica que as máquinas detêm diversos dispositivos de segurança.