O Acre contra Chico Mendes

Comunidades tradicionais são excluídas pela economia verde dos irmãos Viana. Líder seringueiro defendia modo de vida dos extrativistas como a melhor proteção à natureza
Por Tomás Chiaverini
 26/10/2017

De calça vermelha e blusa preta, usando um colar indígena, a representante do Banco Alemão de Desenvolvimento KFW Christiane Ehringhaus exaltava o pioneirismo do Acre a uma plateia de acreanos no último dia do “Seminário de Avaliação de Resultados do Programa REDD Early Movers no Acre”. O encontro, com direito a pose para foto coletiva, ocorreu em julho no Resort Hotel, em Rio Branco. Na pauta, os resultados do programa-modelo do governo para o que se convencionou chamar de economia verde, termo mundialmente usado para atrelar desenvolvimento econômico à preservação ambiental. Alguns poucos indígenas e moradores de comunidades dividiam a sala com uma bancada de parlamentares estaduais e nacionais, entre outros. Um deles era o senador Jorge Viana, atual presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, ex-governador do estado e irmão do atual, Tião Viana. Os irmãos Viana são os responsáveis por vender ao mundo o modelo acreano da economia verde.

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