Resposta da Animale

Confira íntegra da resposta da Animale para a reportagem ""
 19/12/2017

Prezado Piero,

No fim do mês de setembro último, recebemos em nossa a sede a visita de Auditores Fiscais do Trabalho pertencentes ao núcleo de irradicação do trabalho escravo, dando conta de que haviam encontrado 10 trabalhadores bolivianos laborando em condições degradantes em oficinas onde se encontravam produtos com as marcas Animale e A.Brand, pertencentes ao nosso grupo.

Fomos surpreendidos com tal noticia, visto que o Grupo  não compactua e repudia a utilização de mão de obra irregular em sua cadeia de produção e afirma que todos os fornecedores da companhia assinam contratos em que se comprometem a cumprir a legislação trabalhista vigente e a não realizar a contratação de trabalhadores em condições degradantes e/ou irregulares,  destacando ainda que toda a sua cadeia produtiva é fiscalizada por empresas especializadas para tanto.

Ato continuo, mesmo sem receber qualquer evidencia das constatações e sem assumir responsabilidades trabalhistas pelos fatos levantados, o Grupo se comprometeu a realizar uma ajuda humanitária a tais trabalhadores, em valor equivalente às verbas que receberiam se empregados fossem, o que foi aceito pelo Ministério do Trabalho e devidamente quitado em reuniões que aconteceram nos dias 05/10, 21/11 e 01/12 na SRTE/SP. O valor total quitado ultrapassou o montante de R$100.000,00.

O Grupo Soma recebeu na data de hoje, 15 de dezembro, o relatório final da fiscalização realizada, analisará os fatos e irá se defender no prazo que lhe cabe, esperando que tudo seja devidamente esclarecido.

O Grupo Soma lamenta que suas marcas tenham sido associadas aos lamentáveis fatos, informando, por fim, que está colaborando com as autoridades públicas nas investigações e que vem tornando ainda mais rigorosa a fiscalização de sua cadeia produtiva.

Respostas

O grupo Soma tinha conhecimento da jornada de trabalho feita pelos costureiros, que superavam doze horas diárias?

Não. Fomos surpreendidos com tal noticia, visto que o Grupo  não compactua e repudia a utilização de mão de obra irregular em sua cadeia de produção e afirma que todos os fornecedores da companhia assinam contratos em que se comprometem a cumprir a legislação trabalhista vigente e a não realizar a contratação de trabalhadores em condições degradantes e/ou irregulares.

 

O grupo Soma tinha conhecimento da situação precária em que se encontravam as oficinas?

Não, o Grupo Soma desconhecia qualquer das irregularidades encontradas, bem como jamais contratou as empresas/oficinas e/ou os trabalhadores encontrados. Como dito acima todos os fornecedores da companhia assinam contratos em que se comprometem a cumprir a legislação trabalhista vigente e a não realizar a contratação de trabalhadores em condições degradantes e/ou irregulares.

 

Funcionários da oficina afirmavam que recebiam cinco ou seis reais por peças que seriam vendidas a R$ 698,00 nas lojas da marca. O grupo Soma sabia do valor que era remunerado a eles?

Não. Fomos surpreendidos ao receber a visita de Auditores Fiscais do Trabalho pertencentes ao núcleo de irradicação do trabalho escravo, dando conta de que haviam encontrado 10 trabalhadores bolivianos laborando em condições degradantes em oficinas onde se encontravam produtos com as marcas Animale e A.Brand. Mesmo sem receber qualquer evidencia das constatações e sem assumir responsabilidades trabalhistas pelos fatos levantados, o Grupo se comprometeu a realizar uma ajuda humanitária a tais trabalhadores, em valor equivalente às verbas que receberiam se empregados fossem, o que foi aceito pelo Ministério do Trabalho e devidamente quitado em reuniões que aconteceram nos dias 05/10, 21/11 e 01/12 na SRTE/SP. O valor total quitado ultrapassou o montante de R$100.000,00.

 

A empresa Leketti afirma que a Animale não restringia a “quarteirização” da costura para outras empresas. O grupo Soma fiscalizava a situação nessas oficinas de alguma forma?

Todos os fornecedores da companhia assinam contratos em que se comprometem a cumprir a legislação trabalhista vigente e a não realizar a contratação de trabalhadores em condições degradantes e/ou irregulares, destacando ainda que toda a sua cadeia produtiva é fiscalizada por empresas especializadas para tanto. O Grupo Soma, ao tomar conhecimento dos fatos, incrementou ainda mais a fiscalização de sua cadeia produtiva.

 

Que mudanças a empresa deve fazer na sua cadeia produtiva para evitar futuros casos como esse?

O Grupo Soma contratou uma consultoria externa para homologar, fiscalizar e certificar toda a sua cadeia de produção e evitar qualquer tipo de irregularidade no processo.  O Grupo Soma somente terá na sua cadeia produtiva empresas devidamente auditadas e certificadas. Além disso, o Grupo encontra-se em processo de certificação pela ABVETX – Associação Brasileira do Varejo Têxtil.

 

Estou aberto a outras esclarecimentos que a empresa deseje dar sobre o caso.

Estamos à disposição para maiores esclarecimentos.

 

Leia a íntegra da reportagem.

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