À semelhança de remédios, se utilizados dentro das recomendações de uso, os defensivos agrícolas são seguros à saúde humana e aos trabalhadores no campo. Para ser aprovado e registrado, um pesticida passa por diversos estudos toxicológicos, obrigatórios em todo o mundo, para avaliar sua segurança à saúde e ao meio ambiente. Esses estudos são complementados com experimentos agronômicos que determinam a forma de aplicação nas lavouras, incluindo a dosagem e o tempo de carência até a colheita e os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) obrigatórios para o trabalhador rural, o que reduz sua exposição aos defensivos agrícolas.
As recomendações de aplicação dos produtos são claras e devem ser utilizadas nas culturas agrícolas somente com a autorização de um engenheiro agrônomo, que prescreve receituário agronômico, uma exigência legal desde 1989 para a compra de todo e qualquer defensivo.
Vale dizer que que não há, atualmente, uma maneira eficaz de combater as pragas, doenças e ervas daninhas que afetam as lavouras sem a utilização de defensivos agrícolas. As plantas estão suscetíveis a estes males, que destroem anualmente, somente no Brasil, 25 milhões de toneladas de alimentos. Sem o uso de pesticidas a perda poderia chegar de 20% a 40% de toda a produção nacional.
Por fim, cabe lembrar que está em tramitação no Congresso Nacional uma lei que moderniza a atual legislação sobre agrotóxicos. O PL 6299/02, se aprovado, aumenta a proteção dos trabalhadores no campo, pois com a adoção da avaliação do risco dos produtos ficará ainda mais completa, levando em conta todos os riscos envolvidos a saúde e ao meio ambiente na aplicação dos produtos. A