Íntegra da resposta da Agropecuária Santa Bárbara

Confira a resposta da AgroSB à reportagem: "Com reforma agrária paralisada, juiz acata pedido de empresa do Daniel Dantas para despejar 212 famílias no Pará"
 10/09/2019

Criada em 2005, a AgroSB tem como objetivo ser um modelo na produção de proteína animal e vegetal aproveitando as condições naturais positivas do sul/sudeste do Pará para a atividade. O clima é propício, há terras para criação de gado e cultivo agrícola, a geografia é favorável e a infraestrutura vem viabilizando novos projetos.

Entre 2005 e 2008, a AgroSB tornou-se grande empregadora de mão de obra do Pará, com 900 empregos diretos e 10 mil indiretos, movimentando a economia de quase duas dezenas de municípios do sul/sudeste do estado. A AgroSB possui escolas em suas propriedades para educação de jovens e cursos profissionalizantes de adultos. Os empregados são registrados, recebem treinamento, alojamento e refeições de qualidade.

A equipe da AgroSB está disposição e mais uma vez convida a reportagem a visitar as fazendas para conversar com os funcionários e verificar, o que, de fato, é a empresa.  

A AgroSB desenvolve o projeto Reflorestamento Produtivo da Amazônia em uma área experimental de 230 hectares, com plantações de banana, cacau e teca e investe na agricultura sustentável. O cacau produzido em sua propriedade tem certificação UTZ. Uma garantia internacional de que a fruta é produzida obedecendo os princípios da sustentabilidade, como respeito ao meio ambiente, proteção à saúde e segurança do trabalhador rural e da comunidade do entorno. 

A soja também tem certificação internacional. A Certified Responsible Soya é um verdadeiro atestado de que nas lavouras são respeitados todos os critérios de preservação do meio ambiente e da saúde daqueles que ali trabalham.

No setor da pecuária, a AgroSB se associou ao Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, participando de debates e estudos com o objetivo de tornar a cadeia produtiva cada vez mais sustentável.

Sobre negociações envolvendo a AgroSB podemos garantir que não há nada em andamento com o Incra relativo a compra/desapropriação da fazenda Maria Bonita, conforme já informado nos autos da ação de reintegração de posse.

Após sete anos de negociação, as partes não chegaram a um consenso e resolveram não mais seguir com as tratativas iniciadas em 2011.

Sobre a ação dos sem-terra de invadir e ocupar terras da AgroSB, não há nada que justifique a ocupação. A empresa comprovou nos autos do processo que todos seus imóveis tiveram o correto destacamento do patrimônio público para o privado. O Poder Judiciário confirmou este fato, após consultar o Incra e o Iterpa. Aliás, a legitimidade das propriedades dos imóveis da AgroSB é notória, pois o Poder Judiciário, após mais de 11 anos de instrução do processo de reintegração, confirmou a liminar concedida, em 2008, e determinou a reintegração de posse da fazenda Maria Bonita. 

O Ministério Público não interpôs recurso contra a decisão de reintegração de posse, muito menos sob a alegação de grilagem. 

A tentativa de apresentar a AgroSB como ‘a destruidora dos sonhos dos trabalhadores rurais sem-terra’ não corresponde à verdade dos fatos. 

Importante salientar que trabalhadores sofreram e tiveram suas vidas prejudicadas pela ação dos sem-terra. Com a invasão, os funcionários da AgroSB viram suas propriedades depredadas e seus filhos retirados da escola e/ou cursos profissionalizantes. Isso porque, metade dos funcionários morava com suas famílias dentro da fazenda Maria Bonita e seus filhos estudavam ali, na escola criada especialmente para eles. A iniciativa da AgroSB está em linha com a ideia de ajudar a diminuir o déficit de moradia e educação no município de Eldorado dos Carajás/PA.

Com a reintegração da fazenda Maria Bonita, AgroSB pretende retomar esse histórico de desenvolvimento socioambiental, gerador de um círculo virtuoso de prosperidade para a região. 

Os danos provocados pela invasão não foram poucos e se estenderam à economia da região. As terras produtivas da AgroSB, que foram compradas obedecendo a todos os requisitos legais, deixaram de produzir, exportar e contratar mão-de-obra em locais com áreas invadidas. 

Resta saber:  

Quantos empregos a mais a AgroSB poderia ter criado se as fazendas continuassem a produção que foi interrompida com as invasões?  Qual seria o volume da produção animal e vegetal da AgroSB a ser colocado no mercado interno e externo caso a produção tivesse continuado sem ser interrompida pelos invasores de terra? 

Qual seria o índice de crescimento da economia de dezenas de municípios do sul/sudeste do Pará com o aumento da produção animal e vegetal que não pode se concretizar porque as terras foram invadidas? 

Vale repetir que a AgroSB é grande empregadora de mão de obra do Pará, com 900 empregos diretos e 10 mil indiretos, movimentando a economia de quase duas dezenas de municípios do Sul/Sudeste do estado. 

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