Íntegra das respostas sobre a relação do agronegócio com as queimadas no Pantanal do MT

Confira os posicionamentos de Amaggi, Minerva, Marfrig e JBS sobre relação com fogo no Pantanal
 22/09/2020

Posicionamentos referentes à reportagem Fogo no Pantanal mato-grossense começou em fazendas de pecuaristas que fornecem para gigantes do agronegócio.

Amaggi

A AMAGGI informa que cumpre todas as verificações socioambientais antes da comercialização e que não detectou irregularidades ou focos de incêndios na propriedade de origem da compra, que, inclusive, fica fora do bioma Pantanal. No entanto, ciente da atual situação do bioma como um todo, a AMAGGI não realizará novas comercializações com o fornecedor em questão, enquanto aguarda apuração sobre a responsabilidade da origem dos focos de incêndios em outras propriedades deste produtor.

Minerva

Consideramos triste e lamentável essas queimadas de grandes proporções que atingiram parte do Pantanal e que acarretará enormes perdas ambientais e também para os produtores locais.

Entendemos que, com as informações apresentadas pela ONG Repórter Brasil, não há comprovação de que os pecuaristas são responsáveis pelos focos de incêndio no Pantanal. Cabe lembrar que os produtores agropecuários são também prejudicados por incêndios de grandes proporções, que podem atingir suas propriedades. Ademais, os dados que legalmente estão disponíveis para uso oficial não permitem à Companhia encontrar irregularidades no processo de fornecimento do gado do Grupo Bom Futuro e da Amaggi Pecuária.

Como única empresa do setor atualmente financiada pela IFC, do Grupo Banco Mundial, reforçamos o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável da cadeia agropecuária e o gerenciamento das questões socioambientais de nossa cadeia produtiva.

Marfrig

A Marfrig está plenamente consciente dos desafios relacionados à cadeia produtiva da pecuária e reconhece seu papel como um importante agente de transformação para garantir a produção e a conservação dos biomas brasileiros.

Sempre que qualquer sobreposição de áreas entre as propriedades e os focos de incêndio são identificados, há um alerta para que a compra de gado seja suspensa até que a situação seja totalmente esclarecida. Esse controle completo é possível graças à plataforma de monitoramento de fornecedores via satélite. O alerta indica a nossas equipes para que contatem aqueles fornecedores, de modo a verificarem as possíveis ocorrências e realização de ações de mitigação e controle. No período citado pela reportagem, a Marfrig analisou informações de 252 propriedades. 

Importante esclarecer também que a reportagem se refere a supostos problemas em propriedades de fornecedores indiretos, para os quais ainda não há controle total. Portanto, hoje, mesmo que haja vínculo entre os mencionados fornecedores indiretos aos que fornecem aos diretos da Marfrig, não necessariamente esses animais entraram na cadeia de suprimentos da empresa. Para resolver essa questão, que a Marfrig reconhece como crítica, foi lançado em Julho o projeto Marfrig Verde+, cujo um dos objetivos principais é rastrear 100% do gado adquirido, incluindo fornecedores indiretos, pela companhia. 

JBS

“Sobre os fornecedores mencionados pela reportagem, a JBS reitera que não tem acesso às Guias de Trânsito Animal (GTAs) de elos anteriores da cadeia. A JBS só tem acesso à GTA do fornecedor direto à planta de processamento. Para esses fornecedores, a empresa aplica há mais de 10 anos sua Política de Compra Responsável de Matéria-Prima, que monitora diariamente 100% dos fornecedores diretos de bovinos da Companhia segundo critérios rígidos de sustentabilidade, com tolerância zero para o desmatamento, invasão de áreas protegidas como terras indígenas ou unidades de conservação ambiental, trabalho análogo à escravidão, ou uso de áreas embargadas pelo Ibama. Sem a informação sobre as GTAs mencionadas, seria precipitada qualquer conclusão da JBS sobre a origem do gado adquirido desses fornecedores”.


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