Íntegras das respostas ao especial Caçadas

Confira os posicionamentos referentes ao especial Caçadas
 22/01/2021

Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI),  esclarece que cabe ao Governo Federal ofertar assistência de saúde no âmbito da Atenção Primária aos indígenas aldeados em terras demarcadas, conforme previsto na legislação. Os demais indígenas, assim como qualquer cidadão brasileiro, em áreas urbanas ou não, são atendidos pelas secretarias de saúde locais, conforme a gestão tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS), cuja responsabilidade é dividida entre União, estados e municípios. Vale esclarecer ainda que a SESAI trabalha com informações e dados coletados diretamente nas aldeias e que atualiza as informações do boletim diariamente no portal  https://saudeindigena.saude.gov.br/corona

A SESAI, desde janeiro de 2020, desenvolve estratégias de proteção, diagnóstico e tratamento da Covid-19 e vem fortalecendo a rede logística de insumos e equipamentos de proteção individual (EPI), estabelecendo fluxos de atendimento nas aldeias, Polos Base e Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI). O Ministério da Saúde também implantou Unidades de Atenção Primária Indígena (UAPI), com o objetivo de fortalecer os serviços nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), respeitando as especificidades culturais. Até o momento, 208 UAPI foram instaladas para identificar precocemente os pacientes de Síndrome Gripal ou de Covid-19 e iniciar os primeiros procedimentos no local. 

Para garantir a segurança de todos os indígenas e profissionais, foram enviados aos DSEI quase 4 milhões de EPI. O material é complementar aos estoques mantidos pelos próprios DSEI, que têm autonomia para realizar compras de insumos. 

A criação das Equipes de Resposta Rápida foi outro passo importante no combate à pandemia. Compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, as equipes permanecem de prontidão no município que sedia o DSEI, com meios de transporte prontos para levá-las às localidades com eventual quadro de surto da doença. 

Em ações interministeriais, a Saúde Indígena integrou 19 missões com o objetivo de reforçar o atendimento médico em regiões de difícil acesso, por meio do atendimento de saúde especializado, testagens e distribuição de cestas básicas aos povos indígenas, visando a preservar a saúde e evitar deslocamentos de indígenas até as cidades para adquirir alimentos.  Ações importantes e que se somam aos esforços dos mais de 20 mil profissionais de saúde que se encontram à disposição dos DSEI, sendo que 60% dessa força de trabalho é composta por indígenas.

Por fim, a pasta informa que mesmo antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, a pasta produziu uma série de documentos técnicos, disponíveis em https://saudeindigena.saude.gov.br, com orientações de prevenção e tratamento da doença.

Engenheiro florestal José Uanderson Souza dos Santos

Estava realizando meu trabalho como Engenheiro Florestal quando minha embarcação foi criminosamente empurrada do porto por um grupo de pessoas que cometem uma série de ilegalidades na região.

O território em questão é habitado por povos tradicionais (descendentes de nordestinos que vieram explorar a borracha).

Perdoe-me, mas passaram uma grande mentira a sra, pois essas terras são de domínio do Estado do Amazonas e nunca foram habitadas por indígenas (posso provar isso por relatos de moradores antigos da região). Inclusive eu nasci nessas terras em uma localidade chamada “Terra Nova” (posso provar isso através do meu registro de nascimento). Pesquise no Google e verás que os indígenas que ocupam a região do Município de Juruá são os Madija Kulina, os quais possuem território devidamente demarcado.

Sai dessa localidade com 6 anos de idade para estudar na Cidade de Juruá e hoje, pela graça de Deus, consegui com muita luta a Formação de Engenheiro Florestal. Estou realizando um trabalho para todos meus conterrâneos e procuro trabalhar dentro da legalidade. Eu sei o que é viver com pouco. 

Não se preocupe que o caso já está sendo apurado pelas autoridades locais e os verdadeiros meliantes irão responder pelo seus atos, inclusive de ameaça de morte a mim e aos povos tradicionais da região que estão procurando trabalhar de maneira sustentável na região a muito tempo.

Quanto ao GPS, é de uso pessoal (nada tem a ver com o IDAM) e os animais foram abatidos por comunitários que fizeram meu resgate e realizaram a caça para saciar a fome.


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