Ressaltamos que a prática de exportação de gado vivo em nossa empresa respeita a legislação vigente para essa atividade, tanto no Brasil quanto nos países importadores, em relação aos procedimentos técnicos, sanitários e operacionais, incluindo o transporte seguro dos animais.
Adotamos os mais rigorosos critérios em relação ao manejo dos animais em nossas atividades, privilegiando sempre o bem-estar animal, e realizamos treinamentos constantes com profissionais atuantes em todas as etapas da cadeia de exportação de gado vivo, além de diversos encontros com os pecuaristas para compartilhar conhecimento, trocar experiências, novas tecnologias e principalmente melhores práticas no manejo. Seguimos ainda as premissas dos cinco domínios do bem-estar animal recomendados pelo Farm Animal Welfare Committee (FAWC).
Sobre o monitoramento da cadeia, para combater o desmatamento ilegal dos ecossistemas tropicais, monitoramos mais de 15 milhões de hectares com tecnologia de mapeamento geográfico de fornecedores em todos os biomas brasileiros e no Paraguai. Inclusive, somos a primeira empresa no Brasil a ter 100% dos fornecedores diretos mapeados na Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica, incluindo os fornecedores de ciclo completo – aqueles que produzem desde o nascimento do bezerro à produção industrial.
Para a rastreabilidade integral da cadeia, os sistemas de monitoramento da Companhia são cruzados com listas oficiais do Ibama, do Ministério do Meio Ambiente, da Secretaria do Trabalho e do registro pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), como também de outros documentos de posse da terra. Caso seja identificada qualquer irregularidade, o departamento de sustentabilidade da Companhia bloqueia os fornecedores em não conformidade com qualquer um dos critérios, eliminando a possibilidade de compra de matéria-prima de tais produtores.
Para as fazendas fornecedoras indiretas, também saímos na frente e iniciamos os testes da ferramenta Visipec, que avalia os riscos relacionados ao elo da cadeia, e foi desenvolvida pela Universidade de Wisconsin em parceria com a National Wildlife Federation (NWF). Os resultados preliminares apontaram mais de 99% de conformidade nas fazendas indiretas de nível 1 com os critérios definidos pelo Grupo de Trabalho dos Fornecedores Indiretos. Até o fim de 2021, vamos integrar a ferramenta Visipec ao nosso sistema de monitoramento geográfico para a Amazônia.
Seguindo nossos compromissos para a sustentabilidade, que incluem investimento de R$ 1,5 bilhão nos próximos anos, em diversas iniciativas, vamos atuar para garantir o desmatamento ilegal zero em toda a cadeia de abastecimento na América do Sul até 2030. Seguiremos com o monitoramento geográfico em todos os territórios do Brasil e vamos expandir para 100% dos fornecedores diretos no Paraguai, em 2021; na Colômbia, em 2023; no Uruguai, em 2025; e nos demais países do continente até 2030. Ademais, forneceremos aos produtores a mesma tecnologia geoespacial que utilizamos para obter os melhores resultados de monitoramento do setor, por meio de um aplicativo de verificação de fornecedores desenvolvido pela Niceplanet Geotecnologia, até dezembro deste ano no Brasil, e nos demais países até 2030.
Com relação aos casos citados pela Repórter Brasil, os nossos fornecedores diretos- Fvt Comércio de Bovinos e Fazenda LC I – estão habilitados a comercializar gado para a Minerva Foods ou para qualquer outra empresa do setor, segundo dados do Cadastro Ambiental Rural. Já as demais fazendas mencionadas não constam em nosso sistema de compra de gado.
Atualmente não há dados e estatísticas acessíveis e confiáveis sobre a cadeia de rastreabilidade completa de gado para determinar o número de fornecedores indiretos no Brasil. Qualquer iniciativa de controle de fornecedores indiretos neste momento não é passível de processos certificados MRV (sigla em inglês) – monitorável, reportável e atestável.
Vale ressaltar que a competência legal pela gestão das Guias de Trânsito Animal (GTAs) é de responsabilidade do Ministério da Agricultura (MAPA) por meio do Serviço de Inspeção Federal (SIF), presente em todas as fábricas da Minerva Foods. Para que a finalidade das GTAs, primariamente um documento de controle sanitário gerido pelo Ministério, seja também a de potencial verificação dos fornecedores indiretos, é inerente que as indústrias tenham acesso irrestrito a todas as GTAs emitidas, incluindo, principalmente, aquelas GTAs de seus fornecedores diretos, ou seja, todo o trânsito animal ocorrido entre os mais 2,6 milhões de produtores rurais com atividades agropecuárias, segundo o Cadastro Ambiental Rural.
A Minerva Foods, como qualquer outra indústria fiscalizada pelo SIF, não possui acessibilidade completa ao sistema de Guias de Trânsito Animal e, portanto, não possui meios efetivos de verificar e rastrear fornecedores indiretos com o uso das GTAs.
Mesmo com esses desafios, a empresa foi pioneira a iniciar os testes da ferramenta Visipec, que avalia os riscos relacionados ao elo da cadeia, como mencionado acima.