FD’Gold:
“Agradecemos a solicitação de posicionamento da D´GOLD DTVM em sua reportagem para o Repórter Brasil!
Informamos que o Sr. Dirceu Frederico Sobrinho foi suplente do candidato Flexa Ribeiro, no ano de 2018, sem ter sido eleito ou se candidatando novamente a qualquer cargo político.
A D’GOLD DTVM não comercializa ouro de origem duvidosa, muito menos de terras indígenas. Todo processo de transação comercial, acontece mediante emissão de nota fiscal, obedecendo a regulamentação nacional para o setor.
A D’GOLD DTVM repudia qualquer tipo de inverdade, fake news e prática fora da legislação brasileira.
Quaisquer outros esclarecimentos sobre a empresa podem ser obtidos no site da D´GOLD DTVM (www.dgold.com.br), bem como em suas redes sociais.
Atenciosamente,
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO D´GOLD DTVM
Zequinha Marinho (PL-PA)
Reportagem da Pública mostrou as articulações do senhor dentro do Governo em favor de grileiros e garimpeiros. O senhor confirma essas articulações?
Claro que não confirmo, até porque não trabalho para garimpeiro e nem para grileiro. Eu defendo primeiro a regularização da atividade garimpeira, do pequeno minerador. Meu trabalho é fazer isso. É fazer o governo encontrar um caminho para atender milhões de pessoas que trabalham nessa região aqui e às vezes trabalham de forma clandestina porque o governo não trabalha a regulamentação da sua atividade. É outra coisa completamente diferente. Parece que vocês têm uma compreensão equivocada ou são tendentes a desvirtuar aquilo que se faz e aquilo que se fala. Por favor, vamos levar o jornalismo a sério. Jornalista tem que colocar aquilo que é dito com todas as palavras.
Questão fundiária: eu trabalho pela regularização fundiária. O Pará e a Amazônia toda é a maior bagunça fundiária da terra. Os governos, tanto o governo federal, quanto o governo estadual precisam colocar na cabeça que isso é prejudicial a todo mundo, principalmente ao meio ambiente, aos negócios, à economia e a todos. Temos que trabalhar e fazer a regularização fundiária. Eu trabalho para isso, eu não trabalho para grileiro e nem para o garimpo clandestino. Eu trabalho pela regulamentação, pela legalização e assim sucessivamente.
Caso eleito governador, o senador tem algum projeto relacionado especificamente ao garimpo para o estado do Pará?
Vou fazer uma grande parceria com o governo federal para a gente encontrar saídas legais para a atividade da pequena mineração. É possível isso porque há projetos de lei no Congresso em tramitação que podem levar à prática legal da pequena mineração. Esse é um ponto importante. De igual forma, eleito governador, vamos fazer aqui no nosso estado o maior programa de regularização fundiária em parceria com o governo federal, porque grande parte das áreas aqui no Pará são do governo federal via Incra e que estão aí há centenas de anos criando problemas. A gente não pode ficar a vida toda vivendo com isso, atrapalhando a economia, a segurança jurídica de negócios e assim por diante. Eleito governador, repito: vamos trabalhar a regulamentação da atividade mineral e vamos trabalhar a regularização fundiária. Duas palavras chaves, corretas, decentes e que nós queremos colocar como meta do nosso governo.
De acordo com as pesquisas eleitorais, as chances de o senhor vencer essas eleições são muito remotas. Caso de fato não se torne governador, quais são os planos do senhor para os próximos anos?
Quem está no jogo pode ganhar e pode perder naturalmente. Lamento muito que as pesquisas sejam manipuladas da forma como estão sendo. O governador do Pará [Helder Barbalho (MDB), candidato à reeleição], por exemplo, tem a maior rejeição da história do estado. E hoje saiu uma pesquisa, não sei a fonte, que o governador tem uma rejeição de 16%. Para quem mora no Pará, não precisa nem fazer política, é uma vergonha um instituto de pesquisa colocar isso na tela de uma televisão ou na página de um jornal. 16%, que coisa vergonhosa, quem mora aqui sabe que a rejeição do governador é uma coisa acima de 50%. Para você achar um eleitor do governador aqui é a coisa mais rara do mundo. Mas não tem problema. Eu sou político, estou exercendo meu sétimo mandato como senador, tenho mais quatro anos de mandato, e vou me preparar. Se eu perder essa, estou construindo um projeto de curto, médio e longo prazo. Então continuarei senador e continuarei batalhando pelo governo do estado porque eu não suporto ver tanta corrupção, o dinheiro público sendo roubado, saqueado, enfim distribuído entre um grupo criminoso que aqui no Pará tomou conta do governo. É uma vergonha.
Wescley Tomaz (PSC-PA)
O senhor se reelegeu em 2020 sob o mote “vereador dos garimpeiros”. O senhor tem usado a defesa dos garimpeiros na sua campanha de agora também? E qual é a realidade do garimpo neste momento no Brasil?
Na nossa região nós temos aproximadamente 300 mil famílias que dependem dessa atividade. E a nossa riqueza é isso. E o governo tem que parar de agir somente com o poder de polícia. O vereador Wescley não defende o que é ilegal: [garimpo em] terra indígena, Flona e parque nacional. Isso é ilegal. Meu trabalho não é defender garimpo ilegal. A gente trabalha pela regularização do garimpo irregular. O que está irregular pode se tornar regular. Mas não há nenhum interesse do governo em trabalhar para regularizar essa atividade. Nunca houve, na verdade. Um dos maiores problemas da nossa região, a questão do crime ambiental, do dano ambiental, ele só existe porque o garimpeiro está irregular. Se o garimpeiro estivesse regularizado, o governo teria um CPF, teria um CNPJ para poder punir, para cobrar, para corrigir. Então essa falta de regularização só faz o estado perder, porque perde com crime ambiental, perde com a falta de receita…
O norte do país é o caminho para o desenvolvimento de todo o Brasil. Lamentavelmente o Brasil é um país que precisa ter mais postura. Mundo inteiro afora produz em 80% de seu território e preserva 20%. Aqui no Brasil é o contrário: se produz em 20% de qualquer território e preserva 80%. Isso acaba atrapalhando o desenvolvimento do nosso país. E as pessoas falam muito que o garimpo polui, agride o meio ambiente, mas as pessoas não têm ideia do que realmente representa o garimpo do Tapajós num cenário de todo o contexto do Tapajós. A região do Tapajós tem aproximadamente 6 milhões de hectares e todos os garimpos do Tapajós somados não chegam a 50 mil hectares. Isso representa menos de 0,30% do total do território [na realidade, representa 0,83%]. 50 mil hectares é igual a qualquer fazenda no Mato Grosso. Então a questão garimpeira, a gente sofre pela desinformação, pela falta de uma política pública para legalizar a nossa atividade garimpeira. Legalizando a atividade garimpeira, a gente resolve muitos problemas, dentre eles o ambiental. A nossa região não é só ambiental os nossos problemas aqui, nosso maior problema é social e a gente precisa que uma hora a mídia apareça para mostrar isso para o resto do Brasil. Porque infelizmente a mídia só mostra o que não é verdade a respeito da nossa região. Deviam tentar conhecer a realidade para mostrar isso, mas talvez isso não dê notícia, não venda jornal. Então a gente fica aí com várias informações deturpadas a respeito dessa atividade e aqui existem milhões de brasileiros que dependem dessa atividade e não tem ninguém por eles, então defender essa atividade, eu que sou dessa região, é mais uma questão de moral mesmo, não é para se aproveitar de nenhuma bandeira, sob mote, sobre nada disso não. É uma necessidade. No passado o agro era feio, hoje é pop, hoje é tec, hoje é tudo. Quero dizer para você que o ouro ainda vai ser mais do que isso, vai ser top, porque a mineração é o caminho para salvar a economia no Brasil.
Reportagem da Pública diz que o senhor está articulando junto ao governo federal a criação de um grupo de trabalho interministerial “que visa buscar soluções técnicas para tornar o garimpo irregular regular”. O senhor confirma essa articulação? Se sim, como ela está?
(não respondeu)
Rodrigo Mello, Cataratas (PL-RR)
O senhor se considera um defensor do garimpo?
Sou sim um defensor do garimpo, sou garimpeiro, possuo uma PLG, Permissão de Lavra Garimpeira, totalmente regularizada no estado de Roraima, é a única licença atual com vigência.
Se for eleito, o que pretende fazer pelo garimpo?
Vamos buscar a regularização das cooperativas, das PLGs que tem muita dificuldade com licenciamento ambiental. Eu consegui vencer essas barreiras, por isso que eu consegui êxito na minha licença e a gente quer levar isso ao maior número de pessoas. Quanto ao garimpo dentro da terra indígena, vamos buscar defender o garimpo dentro de terra indígena para o indígena. A grande maioria dos indígenas quer o desenvolvimento, quer a agricultura, quer a pecuária, eles querem minerar, querem garimpar em suas terras. Vamos buscar essa regularização para o indígena fazer a sua atividade econômica em suas terras.
Pesa contra o senhor um indiciamento realizado pela Polícia Federal por usurpar bens da União (ouro e cassiterita). O senhor tem algo a dizer sobre isso?
O que existe são investigações. Fui investigado em 2007, fui investigado agora a partir do ano de 2017 também, se intensificou essa fiscalização e o que eu tenho a dizer a respeito é: a minha prestação, os meus voos realizados dentro da reserva indígena era uma prestação de serviço ao Distrito Sanitário Yanomami. Então era uma prestação de serviço à saúde indígena, é onde as minhas aeronaves em certo momento estavam arrendadas para uma empresa que prestava serviço e posteriormente a isso eu também prestei esse serviço num contrato também com um distrito sanitário Yanomami, com a Icaraí Taxi Aéreo, uma empresa da qual eu sou sócio. Então essas narrativas, essa denúncia, que partiu da Associação Hutukara, é mentirosa e a gente já teve várias vitórias na justiça demonstrando justamente o contrário: que todas as nossas atividades são regulares.
Teme, caso seja eleito, que esse indiciamento possa vir a acarretar em uma eventual cassação do seu mandato?
Não. Não tenho nenhum temor a respeito dessa possibilidade. Até porque ainda não foi aberta nenhuma ação penal contra a minha pessoa e se for aberta, responderei tranquilamente a essa ação caso ela seja aberta.
Ourominas
Resposta em 05 de setembro:
Roberto Silva “não tem ligação com a empresa. E não é pai do Sr. Juarez Filho da Ourominas. A Ourominas não apoia nenhum candidato nas eleições de 2022. Além disso, existem outras empresas com o mesmo nome”.
Resposta em 06 de setembro, após novos questionamentos da reportagem:
“Esclarecemos que ele [Roberto Silva] usar o nome Ourominas foi uma iniciativa dele. A Ourominas não está apoiando nem financiando ou qualquer coisa do gênero”.