ADAMA
A ADAMA acredita na importância da orientação aos agricultores sobre o uso inteligente, correto e seguro de defensivos e, por isso, investe intensamente em treinamentos, durante o ano todo. Em 2021, capacitou diretamente 12 mil agricultores, clientes da companhia, e, até outubro deste ano, outros nove mil. Com parte teórica e prática, os cursos envolvem manuseio adequado dos produtos e dos equipamentos de proteção, calibração dos pulverizadores e otimização do manejo fitossanitário das lavouras etc.
Esses números referem-se apenas aos treinamentos e cursos periódicos em campo, que a ADAMA aplica e monitora, mas a empresa conta ainda com plataformas online de orientação chanceladas pelo Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal), que orientam e capacitam produtores do Brasil todo sobre o uso seguro de defensivos. Comprometida com a transparência e orientação correta para que os produtores rurais tenham acesso à informação de diversas formas, a ADAMA disponibiliza também em seu site a bula que acompanha os produtos e ficha de emergência de cada um deles com as instruções e informações que devem ser observadas para o uso correto e seguro.
Além de todas as orientações e busca incessante da empresa por treinar seus clientes, o uso correto e seguro depende da atenção do aplicador ao cumprimento das normas de uso do produto, assim como o cumprimento de leis estaduais que preveem distâncias mínimas entre áreas para aplicação. O Decreto 1651, de 2013, que regulamenta a Lei Estadual 8588, de 27 de novembro de 2006, indica em seu artigo 35º que, para efeito de segurança operacional, a aplicação terrestre, de agrotóxicos e afins, fica restrita à área tratada observando-se várias regras, dentre elas a de que “não é permitida a aplicação terrestre mecanizada de agrotóxicos e afins em áreas situadas a uma distância mínima de 90 (noventa) metros de povoações, cidades, vilas bairros, e mananciais de captação de água, moradia isolada agrupamento de animais e nascentes ainda que intermitentes.
A deriva não é uma característica de um produto, mas sim um fenômeno decorrente de condições climáticas: o vento, seja qual for esse produto. A observância às condições climáticas para se evitar deriva e à distância de locais de presença de pessoas que não estejam trabalhando na lavoura são pontos abordados nos treinamentos, tanto em aplicações terrestres que têm riscos menores de ocorrerem, quanto aéreas. Vale observar que aplicações aéreas devem seguir as normas determinadas pelo SISVAG – Sistema Nacional de Documentação da Aviação Agrícola, que atua para o uso seguro dos defensivos.
Todas as informações sobre os produtos comercializados pela empresa bem como orientações gerais e específicas podem ser acessadas pelo site da companhia e, no caso do produto Armero, no seguinte link: https://www.adama.com/brasil/pt/protecao-de-cultivos/fungicidas/armero Cronnos não é comercializado pela ADAMA desde o final de 2021, porém informações deste produto podem ser encontradas no site Agrofit (do Ministério da Agricultura) e estoques em posse dos agricultores têm de ser devidamente suportados pela empresa até sua data de vencimento.
Prefeitura de Sinop
Perguntas enviadas pela Repórter Brasil
Quais foram os procedimentos adotados para evitar que as crianças e funcionários fossem intoxicadas?
Houve um acompanhamento da saúde dessas crianças e funcionários?
Houve um pronunciamento ou explicação por parte das secretarias sobre o que os pais deveriam fazer quando os alunos chegassem em casa, como por exemplo, trocar de roupa, tomar banho frio e lavar o uniforme separado de outras peças?
Tivemos a informação que foi dado melão para os alunos levarem pra casa após a evacuação da escola, porém o Ministério da Saúde recomenda que não seja consumido nenhum tipo de alimento ou bebida após a intoxicação. Como vocês explicam esse procedimento adotado?
Há um treinamento para ensinar os pais, professores, funcionários e até alunos em caso de intoxicação por agrotóxicos, considerando que a maioria mora em zona rural e estudam em um local cercado por plantações?
Temos relatos de pessoas que estavam com dor de cabeça, dor de estômago, náusea, coceira pelo corpo, olho vermelho, vômito e desmaio, relatos confirmados pelo boletim de ocorrência registrado pela diretora Keila da Silva no dia do acontecimento. Por que todos (alunos e funcionários) não foram para a UPA em vez de serem levados para casa?
Muitos alunos moram próximo à lavoura que realizou a aplicação. Não havia o risco deles continuarem sendo contaminados já que foram enviados pra casa?
As mães receberam uma mensagem da direção informando que apenas os casos graves deveriam ser levados à unidade de saúde. O que seria um caso grave?
Por que os casos considerados mais fracos foram orientados a não levar?
O Ministério da Saúde solicita que todos os casos de intoxicação, independente do grau, devem ser notificados. A Prefeitura fez a notificação de todos os casos? Caso sim, poderia enviar o documento de notificação?
Em nota, a prefeitura afirmou que a Secretaria de Saúde comunicou a Unidade de Pronto Atendimento e Policlínica Menino Jesus para que equipes médicas permaneçam de prontidão, em regime especial, caso haja necessidade de atendimentos a alunos, professores ou outros servidores da unidade escolar. Conversamos com as diretoras Nalu Rodrigues Felix e Tatiane Salu da Silva da UPA Drª Anete Maria Mota Maria, e elas afirmaram que só tiveram conhecimento do caso hoje devido a minha visita. Como a prefeitura explica as diretoras da unidade não saberem do caso?
A prefeitura também afirma que nenhuma criança havia procurado os postos de pronto atendimento, contudo tivemos a informação que ao menos 5 foram levadas ao pronto-socorro. Como explicam esse número de pessoas que foram à UPA devido a intoxicação e que não foi divulgado?
A prefeitura tem conhecimento dos agrotóxicos que foram aplicados? Caso não, como saber se o procedimento adotado foi adequado?
O que a prefeitura pretende fazer após o caso?
Resposta:
A Prefeitura de Sinop esclarece que sobre o caso que ocorreu na última sexta-feira (02), na Escola Municipal de Educação Básica Silvana, localizada na zona rural, assim que a direção da unidade tomou conhecimento e identificou a situação, tomou todas as medidas necessárias para garantir a integridade dos alunos;
Após 12 dias do fato ocorrido, por ora, a Prefeitura de Sinop não manifestará sobre o assunto;
Esclarecimentos sobre defensivo agrícola, por exemplo, podem ser buscados junto ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA), órgão responsável pela regulação do setor.
INDEA
Referente ao caso de aplicação de produtos agrotóxicos próximo a Escola Municipal de Educação Básica Silvana, localizada na zona rural de Sinop, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) esclarece que multou o proprietário da área em R$ 44.178 (200 UPFs), uma vez que foi constatada a utilização de agrotóxicos a menos de 90 metros da escola, o que está em desacordo com o Decreto Estadual 1651/2013.
O Indea informa ainda não ser possível afirmar quais produtos foram utilizados na pulverização irregular, uma vez que na propriedade foram encontrados herbicidas, fungicidas e inseticidas. O proprietário foi notificado para apresentar os documentos que comprovam a legalidade dos agrotóxicos encontrados.