BROOKSFIELD
1– Quais as ações que a Brooksfield tomou após as autuações de trabalho análogo a escravo em 2016?
Aqui é importante retomar a premissa fundamental: não houve caso de trabalho escravo em 2016 na Brooksfield. A própria Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho já reconheceram que os trabalhadores fiscalizados pelo Ministério do Trabalho eram empregados da Confecção MDS – o que já revela que não houve trabalho escravo na Brooksfield. Para maiores detalhes, passo-lhe no pdf a sentença homologatória do acordo judicial entre o MPT e a empresa MDS.
Seja como for, mesmo antes de 2016, sempre adotamos conduta firmemente de apoio ao combate ao trabalho análogo à escravidão. Nossas ações têm sido reconhecidas como exemplares.
Entre outras ações, indico-lhe abaixo os seguintes exemplos:
– A empresa possui um Código de Conduta para orientar e exigir o cumprimento integral da legislação trabalhista por parte de seus fornecedores de roupas;
– Os contratos celebrados com os fornecedores de roupas preveem a quebra da relação comercial caso sejam encontradas irregularidades trabalhistas, incluindo o trabalho em condições análogas às de escravo;
– A empresa apoia programas de educação, requalificação profissional e reinserção no mercado de trabalho voltado a trabalhadores vítimas ou sob risco de envolvimento com o trabalho análogo ao de escravo;
– A empresa apoia pactos empresariais e compromissos públicos que combatem a precarização do trabalho no varejo têxtil;
– A empresa realiza capacitação/treinamento de seus próprios empregados a fim de habilitá-los a tratar da questão do trabalho análogo ao de escravo no varejo têxtil;
– A empresa realiza, por conta própria e de terceiros, auditorias in loco em 100% dos fornecedores de roupas para prevenir que eles não recorram ao trabalho análogo ao de escravo;
– A empresa recorre a auditorias externas e independentes para prevenir que os fornecedores de roupas não recorram ao trabalho análogo ao de escravo;
– A empresa recorre a auditorias de forma surpresa (não anunciada) e a entrevistas sigilosas com trabalhadores para prevenir que os fornecedores de roupas não recorram ao trabalho análogo ao de escravo;
– A empresa recorre a auditorias de acompanhamento para monitorar 100% fornecedores de roupas identificados com problemas trabalhistas;
– A empresa relaciona-se com seus fornecedores para verificar se eles estão subcontratando oficinas para a produção das roupas encomendadas;
– A empresa audita in loco (por conta própria ou de auditorias externas) o cumprimento da legislação trabalhista em eventuais oficinas de costura subcontratadas;
– Há lista de fácil acesso público (em página da internet) com a identificação de todos os seus fornecedores diretos de roupas (por exemplo, https://www.abvtex.org.br/lista-de-fornecedores-aprovados/);
– A empresa divulga, até mesmo em suas lojas, ações que vem tomando para combater o trabalho análogo ao de escravo no varejo têxtil.
2- Como a Brooksfield analisa a questão transparência na moda?
A Brooksfield trata a questão da transparência na moda como um dos pilares de sua responsabilidade empresarial. O tema é vasto, mas para a Brooksfield a questão da transparência na moda relaciona-se com a sustentabilidade do negócio e com o respeito a nossos clientes e à nossa comunidade.
3- Porque a Brooksfield não divulga nenhum nível de divulgação de fornecimento?
Não compreendi bem o questionamento de que nossa empresa “não divulga nenhum nível de divulgação de fornecimento”. Como indicado no questionamento 1, a Brooksfield adota diversas ações, inclusive relacionadas à transparência de seu negócio.
4- De que forma a Brooksfield divulga para os seus clientes a transparência na construção de suas roupas?
Em linhas gerais, o questionamento foi esclarecido na resposta 1.
5- A empresa tem alguma maneira de divulgar seus fornecedores e consequentemente quem faz as suas roupas desde o nível 1 até a matéria-prima?
Em linhas gerais, o questionamento foi esclarecido na resposta 1.
GRUPO SOMA
1. Quais as ações que o Grupo Soma tomou após as autuações de trabalho análogo a escravo em 2017?
O Grupo busca parcerias com fornecedores que compartilhem conosco a promoção dos direitos humanos e a responsabilidade com o Meio Ambiente.
Em 2017, foi recebida autuação de trabalho análogo a escravo relacionada a fornecedor indireto na cadeia de produção. Esta é uma prática inadmissível em nossa rede. Por isso, imediatamente tomamos as medidas corretivas necessárias.
Toda nossa cadeia passa periodicamente por auditorias sociais não anunciadas, realizadas por empresa terceirizada, fiscalizando nossos fornecedores principalmente em relação à violação de direitos humanos, condições injustas de trabalho e não cumprimento da legislação.
O Grupo SOMA exige em seus contratos que os fornecedores estejam em conformidade com a legislação trabalhista e estabeleçam compromissos de cunho social. Como signatários da ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), ajudamos e incentivamos as empresas de nossa cadeia no processo de certificação, o que é mais uma forma de assegurar que essas empresas cumprem as suas obrigações trabalhistas.
Também somos apoiadores do InPACTO (Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo) organização sem fins lucrativos que mobiliza diferentes setores, incluindo o da moda, na promoção do trabalho decente, desde a criação do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. Esta parceria é um meio para construir pontes entre o setor produtivo, a sociedade civil e o setor público. Nossa estratégia ESG, publicada em nosso Relatório Anual, reforça nossos compromissos com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, incluindo a promoção do Trabalho Decente e Crescimento Econômico (ODS 8) e a Produção e Consumo Responsáveis (ODS 12).
Publicamos o Código de Conduta de Fornecedores – https://www.somagrupo.com.br/investidores/estatuto-codigos-e-politicas/ – e trabalhamos em iniciativas para o seu desenvolvimento, como o SOMAR (programa próprio da empresa) e o Encadeamento Produtivo (realizado em parceria com o Sebrae). Vale ressaltar que, ano a ano, realizamos milhares de auditorias em nossos fornecedores – entre auditorias sociais e de rastreabilidade, garantindo assim que os critérios legais e contratuais estejam sendo cumpridos e que a produção vem sendo realizada de acordo com o contratado.
2. Como o Grupo analisa a questão da transparência na moda?
Entendemos a transparência como fundamental no relacionamento com nossos clientes e demais públicos de interesse. Por isso, publicamos nosso Relatório Anual, contando nossa jornada, conquistas e desafios, além de respondermos, desde a primeira edição, o Índice de Transparência da Moda e, desde o ano passado, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa – ISE B3. Nosso Relatório Anual tem como base diretrizes internacionais de reporte e gestão ESG. Seguimos as normas da Global Reporting Initiative (GRI) – opção Essencial, adotamos procedimentos e conteúdos específicos previstos pelo Sustainability Accounting Standard Board (SASB) e pelo Relato Integrado do International Integrated Reporting Council (IIRC).
Acreditamos que a transparência é um meio para estimular o desenvolvimento de boas práticas, não só na cadeia de moda, mas em todos os segmentos. Por isso, cada vez mais, implementamos melhorias em nossos processos e trabalhamos na divulgação dos dados – buscando nos envolver em iniciativas setoriais, influenciar positivamente nossos pares e nos inspirar nas boas práticas. Um exemplo disso é a nossa participação no Colabora Moda Sustentável, plataforma multissetorial de colaboração e inovação em nível nacional formada por indivíduos e organizações
que trabalham juntos por uma moda brasileira sustentável e ética.
3. Por que as marcas do Grupo como Animale e Farm não divulgam nenhum nível de divulgação de fornecimento?
As duas marcas mantêm uma página atualizada na rede mundial de computadores com dados relacionados ao nosso fornecimento. Veja aqui o site da FARM: https://www.farmrio.com.br/transparencia
Veja aqui o site da Animale: https://www.animale.com.br/sustentabilidade-e-transparencia
Apenas não são divulgadas informações que sejam sensíveis para a estratégia e negócio das marcas, inclusive no que se refere a questões relacionadas a proteção de direitos autorais e plágio dos nossos produtos. Nossos parceiros são essenciais na continuidade da entrega de coleções inéditas e de alta qualidade. Além disso, sempre prezamos pelo respeito às diretrizes legais e internas sobre privacidade de dados. Na medida em que ocorre o incremento de fornecedores na cadeia, na mesma proporção, ocorre a transparência na divulgação de informações, ressalvado, como mencionado acima, os dados que são sensíveis para a estratégia e negócio das marcas e as limitações aplicáveis sobre privacidade de dados.
4. De que forma a Animale e a Farm divulgam para os seus clientes a transparência na construção de suas roupas?
As marcas mantêm uma página atualizada com as principais informações sobre posicionamento, modelo de negócio, estrutura de produção, políticas e compromissos, conforme citado acima. Ademais, o Relatório Anual do Grupo SOMA e o Relatório Anual da FARM, são excelentes ferramentas que abarcam importantes indicadores.
5. As marcas têm alguma maneira de divulgar seus fornecedores e consequentemente quem faz as suas roupas desde o nível 1 até a matéria-prima?
Estas informações são divulgadas nos respectivos sites e links mencionados acima.