Íntegra das respostas do Datafolha, iFood e Uber

Posicionamentos enviados para a reportagem 'Uber e iFood encomendam pesquisa 'viciada' sobre rejeição da CLT por motoristas e entregadores, diz UFRJ'
 07/07/2023

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Datafolha

SOBRE O DATAFOLHA
Em todas as suas pesquisas, o Datafolha preza pela sua filosofia de trabalho, que alia rigor técnico, ousadia e transparência na execução dos projetos.
Sua oferta aos parceiros de negócios está apoiada em ouvir o que cidadãos, consumidores, trabalhadores e tomadores de decisão pensam e como agem na hora de escolher, votar, se posicionar, negociar, protestar e em diversos momentos. A estrutura que garante os resultados mais confiáveis e a melhor geração de valor para os nossos parceiros vão da coleta precisa de dados a uma ampla oferta de ferramentas de análise.

SOBRE PESQUISA FUTURO DO TRABALHO POR APLICATIVO
Algumas informações adicionais sobre os procedimentos utilizados nesta pesquisa ajudam a assimilar seus resultados.
A aplicação da pesquisa foi conduzida através do seguinte processo:

  1. Sorteio aleatório de base de potenciais respondentes pelas empresas Uber e iFood, de acordo com as características estabelecidas para participação na pesquisa – trabalhadores que estavam ativos no momento da pesquisa há pelo menos 3 meses.
  2. Os registros de motoristas e de entregadores foram fornecidos pelas empresas
    distribuídos em proporções equivalentes ao total de trabalhadores por região do país, tempo de atividade em cada plataforma e número de viagens ou de entregas por período.
  3. Foram feitos disparos de e-mails periódicos para subgrupos de cada um dos mailings, sendo que cada registro foi acionado pelo menos uma vez no período de campo entre 17 de janeiro a 10 de março de 2023.
  4. O convite explicava a intenção do estudo:
    “Aplicativos de mobilidade e entrega são essenciais para o mercado de trabalho hoje no Brasil, mas esse modelo de trabalho ainda está em processo de desenvolvimento. O DATAFOLHA Instituto de Pesquisa precisa da sua ajuda para entender o melhor modelo de trabalho para os profissionais que trabalham com os aplicativos no Brasil”
  5. E garantia a proteção dos dados antes de iniciar o questionário:
    “O Datafolha segue a nova Lei Geral de Proteção de Dados, que protege as informações dessa pesquisa. Em nenhum momento nós iremos pedir números de documentos, e para sua proteção, seus dados serão tratados sempre de forma confidencial e anônima. Você autoriza o uso das respostas das questões?”
  6. O link fornecido através dos e-mails era a única forma de acessar o questionário, de modo a garantir o controle amostral. Não houve nenhum tipo de seleção de respondentes por qualquer outro critério. Esta metodologia tem sido bastante utilizada em pesquisas quando há disponibilidade de base de dados do público de interesse, de acordo com a LGPD.
  7. À medida em que foram atingidas as bases de questionários completos estipuladas para análise, os links foram fechados para acessos novos.
  8. Os registros foram mantidos até um mês depois do término de campo para eventual controle, depois foram descartados e a base de dados anonimizada.
  9. Conforme consta no relatório, os dados de cada perfil foram ponderados pelas proporções das características descritas no ponto 2 acima. Este procedimento é também bastante comum e visa assegurar a correta representação do universo da pesquisa pela amostra.
  10. O questionário foi construído em conjunto com as plataformas com base em experiências anteriores com esse assunto, buscando assertividade, boa compreensão de perguntas e alternativas de respostas, obtenção de dados acionáveis e sem ignorar a complexidade e a enorme relevância social dos temas.

Uber e iFood

As empresas contratantes da pesquisa “Futuro do trabalho por aplicativo” esclarecem que a manifestação do grupo de estudos jurídicos não apontou nenhum problema técnico ou metodológico na pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha. Pelo contrário, reiteram o rigor estatístico e qualidade técnica do instituto, reconhecido pelas quatro décadas de investigação da opinião pública, e o intuito de colaborar para o debate dos novos modelos de trabalho, que carece de estudos aprofundados.

A metodologia estatística utilizada pelo Datafolha foi informada na divulgação. Detalhes do desenho amostral, que adota o padrão-ouro das pesquisas de opinião pública (amostragem aleatória estratificada), podem ser encontrados nas páginas 3 a 5 do relatório, em que se explica também o procedimento de ponderação da amostra e a forma de contato para as entrevistas, conduzidas de maneira independente.

Em relação aos enunciados do questionário, as perguntas foram direcionadas para o trabalho intermediado por plataformas por se tratar do objeto da pesquisa. Todas as críticas do grupo de estudos partem de uma interpretação particular da legislação, que desconsidera a existência de alternativas e as características do novo modelo de trabalho via plataformas, no qual o profissional é independente em relação ao aplicativo e tem total liberdade de trabalhar onde, quando e quanto decidir, podendo escolher qual plataforma utilizar de forma instantânea. Além disso, as críticas também desconsideram, por completo, o caráter hipotético dos modelos mencionados.

Cabe apontar ainda que os blocos temáticos investigados pelo Datafolha – vínculo de trabalho, benefícios, previdência – estiveram presentes em mais de uma pergunta, visando justamente captar eventuais variações. Todos os dados foram divulgados agregados e desagregados por tipo de profissional e apresentaram resultados consistentes: no caso das perguntas sobre a preferência de relação de trabalho, por fim, os dados seguem a tendência de pesquisas realizadas em anos anteriores e por diferentes institutos.

A elaboração da pesquisa “Futuro do Trabalho” foi iniciada ao final de 2022, em um esforço contínuo das empresas de produção de dados, transparência e qualificação do debate.

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