Íntegra das respostas da Frialto e Carrefour

Confira os posicionamentos enviados para a reportagem "Carrefour compra carne de frigorífico abastecido pelo ‘maior desmatador da Amazônia’"
 23/08/2023

Leia a reportagem completa

Frialto

Primeira resposta:

Vale Grande é sim signatária do TAC da Carne. Além disso, acho importante mencionar que participamos da construção do protocolo do Boi na Linha em parceria com Imaflora e Ministério Público Federal, temos nossos procedimentos e compras auditadas por empresas independentes, temos algumas iniciativas e projetos pilotos de monitoramento de Fornecedores Indiretos em parceria com NWF e com isso, podemos garantir que não há possibilidade de ter ocorrido aquisição de gado de áreas com irregularidades.

No caso em questão o produtor rural Bruno Heller não tem propriedade cadastrada junto a Vale Grande.

Por fim, temos sim relação comercial com Carrefour.

Segunda resposta:

Verificamos internamente e realmente há abates em nome de Tatiana Heller de 181 cabeças em 2022 e 68 cabeças em 2023, porém todos com gado proveniente de propriedades sem qualquer passivo ambiental. Assim que identificamos possível ligação com não conformidades de Bruno Heller, fizemos o bloqueio da propriedade.

A identificação e monitoramento de triangulação de gado ainda é um desafio para a indústria da carne. Ainda não há ferramentas no mercado para monitoramento de Fornecedores Indiretos. Esse é um assunto que domina os GTs com foco em sustentabilidade, porém tudo de forma muito embrionária ainda.

Reitero que temos evoluído constantemente em nossas ferramentas e procedimentos internos para mitigar qualquer possibilidade de aquisição de gado proveniente de propriedades socioambientalmente não conformes.

Seguimos a disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.

Carrefour

De acordo com o procedimento do Grupo Carrefour Brasil, a partir do alerta recebido da Repórter Brasil, a empresa iniciou imediatamente uma investigação sobre a alegação, examinando minuciosamente o extenso banco de dados de fazendas que fornecem carne a todos os frigoríficos que abastecem o Grupo e confirmou a ausência de qualquer propriedade vinculada ao denunciado mencionado ou a indivíduos com o mesmo sobrenome.

Ao mesmo tempo, solicitamos ao frigorífico citado pela reportagem a abertura de uma investigação a partir dos critérios da política da aquisição de carne do Grupo, que é requisito obrigatório a todos os frigoríficos, abrangendo as etapas de prospecção, abate e distribuição.

Como forma para aprofundar a investigação já iniciada, o Grupo levantou junto ao veículo os nomes de demais possíveis envolvidos no caso.

As ações mencionadas fazem parte de um rigoroso protocolo de monitoramento contínuo adotado pelo Grupo Carrefour Brasil, que também inclui:

-Dupla verificação (complementar ao frigorífico) comparando continuamente, a cada lote recebido, as informações dos frigoríficos, a partir de análises de imagens de satélite das fazendas (padrões que seguem o Protocolo “Boi na Linha”, do qual o Grupo é signatário e é promovido pelo Imaflora em colaboração com o Ministério Público Federal do Estado do Pará)

-Acompanhamento regular com os frigoríficos para analisar os avanços em relação aos compromissos do Grupo no combate ao desmatamento e as metas estabelecidas pelos frigoríficos, especialmente em relação aos fornecedores indiretos.

-Existência de um Comitê Florestal composto por alguns dos melhores especialistas do país para contribuir para a constante evolução de compromissos e medidas destinadas à proteção florestal e à conservação da biodiversidade, pilares fundamentais de nossa estratégia ESG.

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