Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
Perguntas enviadas pela reportagem:
Esta não é a primeira vez que a Repórter Brasil traz um alerta sobre o efeito coquetel. Em 2019, dados do órgão mostraram que 1 em cada 4 municípios brasileiros tinham detectado todos os pesticidas analisados na água entre 2014 e 2017, sendo que São Paulo fazia parte desta lista. O efeito coquetel preocupa a secretaria de saúde?
A secretaria de saúde tinha informações sobre a contínua exposição de moradores da cidade ao efeito coquetel?
O que a secretaria tem feito para retirar essa quantidade de agrotóxicos da água?
Como esses agrotóxicos podem ter chegado às águas que abastecem a capital paulista?
A população corre perigo?
Resposta da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), esclarece que realiza o monitoramento da qualidade da água fornecida à população do município de São Paulo e participa ativamente do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – VIGIAGUA – Portaria GM/MS nº. 888/2021.
Vale destacar que, até o momento, não foram detectados parâmetros acima do permitido pela legislação vigente. Caso ocorra alguma alteração dos valores permitidos, serão desencadeadas ações de vigilância e aplicação de medidas administrativas junto aos órgãos responsáveis.
Sabesp
Perguntas enviadas pela reportagem:
Quais medidas são tomadas pela Sabesp quando a companhia detecta agrotóxicos na água, mesmo abaixo do limite?
O coquetel de agrotóxicos é uma preocupação da companhia?
A população do município corre risco de saúde devido a esse cenário?
Resposta da Sabesp:
A Sabesp garante a qualidade da água distribuída à população de todas as cidades onde opera e por isso trabalha de forma a assegurar que os sistemas de tratamento operem com eficiência no controle de substâncias que causam riscos à saúde, conforme relacionadas na Portaria de Potabilidade, cumprindo as exigências legais.
Como determina o Ministério da Saúde, a Companhia sistematicamente monitora a qualidade da água de abastecimento e, no caso do município de São Paulo, os resultados em 2022 de todos os ensaios realizados para agrotóxicos estão dentro do padrão estabelecido na Portaria de Potabilidade para água distribuída.
Cagece
Repórter Brasil: Quais medidas são tomadas pela Cagece quando a companhia detecta agrotóxicos na água, mesmo abaixo do limite?
Cagece: Considerando que os nossos equipamentos analíticos possuem alta capacidade de detecção, e que valores detectados estão muito abaixo dos limites previsto em legislação, não há indícios de risco para a população abastecida. A Cagece mantém como ação o monitoramento regular destas substâncias na água tratada e na rede de abastecimento, conforme exigências do padrão de potabilidade da água, segundo o anexo XX da Portaria de Consolidação nº5, alterado pela portaria GM/MS nº888.
O coquetel de agrotóxicos é uma preocupação da companhia?
Levando em conta que o Ministério da Saúde, responsável por elaborar a legislação da potabilidade de água, a faz apoiado em diversos estudos feitos por especialistas renomados e centros de pesquisa, e que esse efeito não foi reportado na legislação, a Companhia se sente segura em fazer o abastecimento seguindo os padrões da legislação em vigor.
A população do município corre risco de saúde devido a esse cenário?
Não consideramos que haja risco para a população, mas estamos sempre atentos a qualquer situação que possa configurar algum perigo, reforçando o monitoramento das substâncias para, se for o caso, tomar as providências necessárias.