Íntegra da manifestação do Sindag

Confira o posicionamento enviado pela Sindag sobre a denúncia feita por pesquisadores e entidades de direitos humanos, trabalhistas e socioambientais de que o sindicato teria tentado intimidar o advogado Diogo Cabral.
 29/05/2024

Sindag

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As notificações não têm a intenção de intimidar ninguém, mas buscam estabelecer a transparência sobre as informações divulgadas e a verdade sobre os fatos. Como são graves as acusações, o Sindag, como representante nacional das empresas de aviação agrícola, procura saber mais informações sobre estes supostos casos, para então decidir que medidas serão tomadas, para colaborar na responsabilização aqueles que não estão cumprindo a legislação aeroagrícola. 

Por outro lado, não havendo provas, o sindicato aeroagrícola vai pedir retratação daqueles que divulgam fakenews. Importante lembrar que a aviação agrícola já foi vítima de acusações difamatórias no Maranhão devido a uma suposta intoxicação em Buriti. Tendo, um ano depois, o Inquérito Policial sobre o caso concluído que não havia problema com a pulverização aérea, e sim um surto de sarna na localidade (no caso das queimaduras e irritações de pele que foram atribuídas no início à aviação agrícola). 

Diante deste precedente, o Sindag está adotando conduta proativa, para evitar danos ao setor. Garantindo o direito de trabalho para os empreendedores aeroagrícolas que aplicam defensivos de modo correto, inclusive reduzindo a quantidade de pesticidas para a proteção das lavouras e colaborando para a segurança alimentar.

As notificações foram, inicialmente, para o advogado Diogo Cabral e para a Rede Mirante.

No caso de Cabral, a iniciativa o Sindag não tem a ver com seu trabalho e sim com a fala dele ao fazer uma acusação de forma generalizada contra todo o setor.

Mais do que isso, correndo o risco de gerar ainda mais insegurança no campo. Isso porque a  aviação é a única ferramenta para a aplicação e agrotóxicos com regulamentação específica e altamente fiscalizável. Daí, havendo problemas, o caminho seria cobrar fiscalização punição especificamente para os culpados (sejam aplicadores aéreos ou terrestres). E não fazer acusações de maneira generalizada, correndo o risco prejudicar bons profissionais e ainda aprofundar o problema social pelo fato das causas reais de possíveis contaminações não serem de fato sanadas. Aí, aliás, cabe o exemplo de Buriti. 

Onde o inquérito policial não só revelou que as irritações verificadas na pele das pessoas ocorreram por um surto de escabiose, como revelou que as aplicações de agrotóxicos mais próximas das pessoas ocorreram por equipamento terrestre. Levando-se em conta ainda que o risco nas pulverizações de agrotóxicos é o mesmo para equipamentos terrestres ou aéreos – inclusive o de deriva, que ocorre quando não são observados os parâmetros de temperatura, umidade relativa do ar e velocidade do vento.

No caso da Rede Mirante, a notificação foi porque a matéria também generalizou o caso e o setor não foi ouvido pela reportagem para apresentar suas ponderações. Mais do que isso, a reportagem inclusive mostrou fotos do caso de Buriti (com imagens de pessoas com irritações de pele e supostas queimaduras) que são justamente as fotos que constam no inquérito que apontou o surto de sarna.

Ou seja, a ação não tem nada a ver com a linha de trabalho de ninguém. Busca apenas estabelecer a racionalidade em um debate que é importante para toda a sociedade. Onde, infelizmente, a generalização e o radicalismo arriscam provocar danos para as pessoas, para profissionais que cumprem a lei, para a produção agrícola e ao próprio meio ambiente.

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