Reportagem completa disponível aqui. Confira as manifestações da Cooxupé e dos cafeicultores:
Cooxupé
Informamos que a Cooxupé não comercializa café de propriedades que não sigam rigorosamente a legislação trabalhista. Diante de eventuais constatações de inconformidades com o Ministério do Trabalho, as atividades comerciais dos mesmos são automaticamente bloqueadas e suspensas pela Cooxupé, independentemente de certificação ou verificação.
As operações dos referidos cooperados com a Cooxupé encontram-se bloqueadas.
Vagner Freire da Silva
A gente forneceu luva, a gente forneceu pano, forneceu botina, forneceu óculos. A gente dava o alojamento. Eu cheguei a morar nessa casa, eu dava a casa. Eu como patrão morei e não tenho o que reclamar. E eles não pagavam aluguel, ganhavam R$ 250, R$ 300 no dia.
Eu dava tudo lavadinho, roupa de cama, tinha televisão, uma cama para cada um, beliche, três jogos de sofá, água na torneira à vontade, dois banheiros, wi-fi, ficou à vontade para eles (trabalhadores), para eles terem um momento de lazer, que hoje é muito importante isso. Eu dava tudo, alimentação para eles, desde arroz, feijão, óleo, açúcar, eu dava tudo, pó de café.
Eles iam embora a hora que eles quisessem, eles eram liberados para ir embora a hora que eles quisessem.
Luiz Carlos Moreira
Não ocorreu, não existiam esses fatos (flagrantes de trabalho análogo ao de escravo). Eram trabalhadores muito bem remunerados que vieram por conta própria. Outros anos eles já colheram café para a gente. Eles (trabalhadores rurais) que fizeram o contato, eles que insistiram para a gente dar o emprego para eles.
Estavam bem alojados numa casa de cidade, não é uma casa rural. Uma casa de residência na cidade, com televisão, geladeira, fogão a gás, camas. Não tinha ninguém dormindo pelo chão.
Marcos Florio de Souza
Eu não recebi qualquer autuação do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Nunca existiu tal situação em minha propriedade.