DESDE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, o ser humano vem despejando na atmosfera uma quantidade crescente de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano, que aprisionam o calor na Terra. Esse aumento contínuo da temperatura média global é o que chamamos de aquecimento global.
Naturalmente, o planeta passa por ciclos de aquecimento e resfriamento ao longo dos séculos. No entanto, o atual ritmo de aumento das temperaturas não tem precedentes e é causado principalmente pelas atividades humanas. A queima de combustíveis fósseis (como petróleo e carvão), o desmatamento e a pecuária intensiva são algumas das maiores fontes de emissões desses gases.
Os impactos do aquecimento global não se limitam ao aumento do calor. O fenômeno intensifica eventos climáticos extremos, como ondas de calor, enchentes e secas severas, e provoca o derretimento das geleiras, elevando o nível dos oceanos. Regiões costeiras estão mais propensas a inundações e as temperaturas extremas afetam diretamente a saúde humana e a segurança alimentar.
De acordo com o IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, se não limitarmos até o final do século o aumento da temperatura global a 1,5ºC em comparação com o início da era industrial, os danos ao planeta podem ser irreversíveis. A meta do Acordo de Paris é exatamente essa: garantir que o aquecimento global não ultrapasse esse limite, exigindo compromissos de redução de emissões por todos os países.
Fontes:
https://www.undp.org/publications/climate-dictionary