O uso da terra refere-se às diversas maneiras pelas quais os seres humanos utilizam e gerenciam áreas para atividades como agricultura, urbanização e conservação. Essas práticas influenciam diretamente a troca de gases de efeito estufa (GEE) entre os ecossistemas, afetando o equilíbrio climático global.
Mudanças no uso da terra, como o desmatamento para agricultura ou expansão urbana, podem resultar em alterações significativas na cobertura vegetal e nos estoques de carbono, contribuindo para o aumento das emissões.
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No caso do Brasil, o uso da terra no Brasil desempenha um papel significativo nas emissões de GEE, especialmente devido ao desmatamento e à conversão de ecossistemas naturais em áreas agrícolas ou pastagens. Essas atividades resultam na liberação de dióxido de carbono (CO2) armazenado na vegetação e no solo para a atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.
De acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), as mudanças no uso da terra foram responsáveis por 46% das emissões brutas de GEE do Brasil em 2023, seguidas pela agropecuária (28%), energia (18%) e resíduos (4%). O desmatamento na Amazônia e no Cerrado é a principal fonte dessas emissões, liberando grandes quantidades de CO2 devido à queima e decomposição da biomassa vegetal.
Além disso, a degradação de solos e a conversão de áreas de vegetação nativa para uso agrícola podem reduzir a capacidade desses ecossistemas de atuarem como sumidouros de carbono, diminuindo a absorção de CO2 da atmosfera.
Fontes:
https://archive.ipcc.ch/ipccreports/sres/land_use
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/11/07/emissoes-gases-efeito-estufa-brasil