Os créditos de carbono são certificados que representam a redução ou remoção do equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) ou outros gases de efeito estufa (GEE) da atmosfera. Esses créditos podem ser gerados por projetos que evitam emissões, como reflorestamento e energia limpa, ou tecnologias de captura e armazenamento de carbono. O sistema foi criado para compensar as emissões de GEE, especialmente em setores onde cortes são mais difíceis, como aviação e construção civil.
O mercado de carbono divide-se em regulado e voluntário. O mercado regulado, estabelecido por governos, impõe limites de emissões para setores da economia, permitindo a compra de créditos para compensação.
ASSINE NOSSA NEWSLETTER
No Brasil, o Senado aprovou em novembro o projeto que cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa. O projeto ainda precisa de regulamentação por parte do Poder Executivo. A previsão do Ministério da Fazenda é que o mercado esteja funcionando plenamente em 2030. O mercado voluntário, por sua vez, já opera, com empresas e indivíduos adquirindo créditos para cumprir metas próprias de sustentabilidade.
Embora amplamente utilizado, diversas organizações questionam a eficácia dos créditos de carbono. Críticas incluem o “greenwashing” e a dependência excessiva de créditos no lugar de reduzir emissões diretamente. Problemas recentes, como denúncias de fraudes e falta de garantias sobre a qualidade dos projetos, evidenciam a necessidade de melhorias no sistema. A precificação dos créditos varia conforme a confiabilidade do projeto e as condições do mercado, com valores significativamente maiores no mercado regulado.
Fontes:
https://sumauma.com/amazonario/creditos-de-carbono-o-que-sao-e-por-que-precisamos-falar-deles/
https://www.undp.org/publications/climate-dictionary
https://politicaporinteiro.org/2024/11/30/que-mercado-de-carbono-e-esse/