Íntegra das respostas enviadas para reportagem sobre as operações de retirada de agrotóxicos do rio Tocantins

Leia as notas enviadas para a reportagem "Retirada de agrotóxicos submersos há 7 meses no rio Tocantins é retomada"
 29/07/2025

Leia a reportagem completa

Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)

O DNIT informa que, no dia 1º de julho, uma equipe especializada iniciou inspeções no Rio Tocantins, utilizando equipamentos não tripulados e tecnologia de sonar para identificar a localização e as condições dos veículos submersos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek.

Com base nas informações coletadas, será feito o planejamento detalhado da operação de remoção. A próxima etapa envolve mergulhos técnicos, programados para o dia 22 de julho, os quais dependerão da validação dos protocolos de segurança junto à Marinha, dada a complexidade do ambiente e dos riscos envolvidos.

Após a etapa de mergulho, será realizado o mapeamento completo do local e o estudo específico de remoção, considerando as características individuais de cada veículo, profundidade e presença de escombros. O DNIT reforça que todas as ações estão sendo conduzidas com rigor técnico e responsabilidade que a ação exige.

Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais)

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informa que está sendo elaborado um relatório sobre o assunto após a visita de equipe no local para vistorias.

Tão logo tenhamos informações atualizadas, entraremos em contato.

UHE Estreito (Usina Hidrelétrica Estreito)

Agradecemos o contato e em atendimento a sua solicitação, referente às perguntas para a reportagem sobre os galões de agrotóxicos que permanecem submersos no rio Tocantins desde o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, as informações seguem abaixo;

a. A UHE Estreito tem operado com vazões compatíveis com a realização de mergulhos para retirada dos materiais submersos?

              Resposta: 

A Usina Hidrelétrica Estreito (UHE Estreito) funciona no modelo chamado “a fio d’água”. Isso quer dizer que a quantidade de água que entra no reservatório é a mesma que sai. Ou seja, ela apenas acompanha o volume de água que chega naturalmente, de acordo com o regime de chuvas e o fluxo do rio ao longo da bacia.

Sobre a prática de mergulhos no rio, o Consórcio Estreito Energia (CESTE) informa que não tem atribuição técnica para avaliar ou autorizar esse tipo de atividade. Toda solicitação que demanda redução de vazão precisa ser cuidadosamente analisada e autorizada pelos órgãos reguladores.

b. Há previsão de novas reduções de vazão para viabilizar essas ações?

             Resposta:

Como já mencionado, a UHE Estreito é uma usina com reservatório do tipo a fio d’água. Dessa forma, qualquer solicitação das autoridades competentes é cuidadosamente analisada, levando em consideração as condições hidrológicas do período e o que determina a Resolução ANA nº 070/2021, que estabelece regras para as vazões na Bacia do Rio Tocantins entre 10 de junho e o segundo final de semana de setembro de cada ano.

O Consórcio Estreito Energia (CESTE) reafirma seu compromisso com o cumprimento rigoroso da legislação e das normas que regulam a operação da usina, sempre atuando com responsabilidade e em alinhamento com os órgãos reguladores.

c. O CESTE está em diálogo com DNIT e Ibama para viabilizar as ações de retirada dos galões?

Resposta: 

Desde o acidente envolvendo a queda da Ponte Juscelino Kubitschek (Ponte JK), na BR-226, ocorrido em 22 de dezembro de 2025, o Consórcio Estreito Energia (CESTE) tem mantido diálogo e prestado apoio contínuo aos órgãos responsáveis pelas operações de resgate e salvamento.

Entre as ações realizadas, destaca-se o suporte logístico, com o empréstimo de equipamentos ao Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, ao Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão e à Marinha do Brasil. O CESTE também participou ativamente das reuniões da sala de crise coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), colaborando com informações aos órgãos responsáveis pela operação da Usina Hidrelétrica Estreito, como o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a própria ANA.

Mesmo após o encerramento das buscas pelas vítimas, o CESTE mantém-se à disposição das autoridades, prestando informações técnicas e institucionais aos órgãos competentes nas ações de resgate dos veículos e dos produtos químicos, como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

O Consórcio reafirma seu compromisso com a cooperação institucional, a segurança da população e o cumprimento das normas que regem a operação da usina.

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