A MIGRAÇÃO CLIMÁTICA é o deslocamento — temporário ou permanente — de pessoas que se veem forçadas a deixar seus lares em razão dos impactos ambientais agravados pela mudança climática.
Esse movimento pode ser repentino, quando eventos extremos como enchentes, deslizamentos e queimadas atingem um território. Pode ser também gradual, quando mudanças de início lento tornam a vida inviável ao longo do tempo, como em áreas com secas prolongadas e recorrentes ou em regiões que tendem a desaparecer com a elevação do nível do mar.
As pessoas podem ser obrigadas a deixar seus lares — quando a casa é destruída, o acesso à água e a serviços desaparece ou a área é interditada, entre outros casos —, ou optar por migrar para reduzir riscos.
Em escala global, os desastres climáticos são uma das principais causas de deslocamento interno no mundo, com 45,8 milhões de deslocamentos registrados no relatório de 2025 do Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno, o dobro da média anual da última década.
No Brasil, os exemplos se multiplicam. As enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 provocaram uma das maiores mobilizações de deslocamento interno da história recente; a seca extrema na Amazônia em 2023 secou rios, isolou comunidades ribeirinhas e indígenas e empurrou famílias para outras cidades; no litoral, o avanço do mar e a erosão — como em Atafona (RJ) e em trechos do Maranhão e do Amapá — vêm engolindo casas e forçando remoções.
Fontes:
https://environmentalmigration.iom.int/environmental-migration?utm_source=.com
https://www.un.org/sustainabledevelopment/blog/2019/06/lets-talk-about-climate-migrants-not-climate-refugees/
https://www.acnur.org/br/emergencias/rio-grande-do-sul-brasil
https://story.internal-displacement.org/2024-mid-year-update/
