ATÉ POUCO TEMPO INCOMUNS no noticiário, as ondas de calor tendem a se tornar cada vez mais presentes no cotidiano devido ao aquecimento global. O termo se refere a um período de calor extremo em uma região, caracterizado por temperaturas significativamente acima da média histórica por, no mínimo, dois dias.
Esses eventos podem ocorrer em clima quente e seco ou quente e úmido, com início e término sutis, mas efeito perceptível nas atividades humanas.
Seus impactos variam conforme o contexto, podendo ser influenciados por fatores como geografia, ambiente urbano, adaptação da população local e condições atmosféricas. Estudos indicam que as ondas de calor estão entre os eventos climáticos extremos mais letais.
Só na Europa, no verão de 2022, estima-se que 61.672 mortes tenham sido diretamente relacionadas à onda de calor que atingiu o continente. No Brasil, pesquisa revelou que as ondas de calor aumentam o risco de morte por doenças como acidente vascular cerebral e doenças cardíacas, especialmente entre idosos.
Já as ilhas de calor se referem à maior temperatura de uma região em relação a outras áreas do mesmo local. Esse fenômeno é comum nas cidades, devido ao aprisionamento de calor gerado pelas mudanças no uso do solo, incluindo o desenho e o material utilizados nas ruas, o tamanho dos edifícios, a absorção de calor pelos materiais urbanos, a ventilação reduzida, a diminuição de áreas verdes e recursos hídricos, além das emissões de calor domésticas e industriais.
Em São Paulo, por exemplo, uma pesquisa da Fapesp registrou diferença de até 10ºC de temperatura entre áreas tomadas por concreto e asfalto e bairros com mais vegetação.
Fontes:
https://www.undrr.org/understanding-disaster-risk/terminology/hips/mh0501?utm_source=