Nota de posicionamento da Diedro sobre flagrante de trabalho escravo em obra de Minas Gerais

Empresa diz que foi acusada injustamente por aliciamento de trabalhadores do Nordeste
 23/01/2014

Confira abaixo nota enviada por Bruno Bedinelli, diretor executivo da Diedro, sobre resgate de 172 trabalhadores em obra da empresa, abordado na reportagem “Imigrantes haitianos são escravizados no Brasil”.

“A Diedro informa que, entre os dias 4 e 12 de novembro, foi realizada uma fiscalização pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) das condições de moradia, alimentação e trabalho dos empregados das terceirizadas da companhia Anglo American na região do município mineiro de Conceição do Mato Dentro, onde a empresa implanta atualmente o Projeto Minas-Rio. Essa foi uma ação de fiscalização rotineira realizada em projetos em fase de implantação. Foram fiscalizadas diversas empresas, entre elas, a Diedro, empresa que foi contratada pela Anglo American em 2012 para a construção de 177 casas para empregados da Anglo American que vão se estabelecer em Conceição do Mato Dentro.

Foi recrutado aproximadamente 100 haitianos, por meio do plano do governo federal de apoio ao imigrante do Haiti. Todo esse processo foi acompanhado pela área de Recursos Humanos tanto da Diedro bem como da Anglo American, que conferiu toda documentação legal, assim como visto de trabalho, registro da Polícia Federal, carteira de trabalho e CPF. A Anglo American também forneceu apoio logístico, cultural e moral aos imigrantes. Toda a documentação de imigração e de questões trabalhistas foram disponibilizadas para a Promotoria Pública e para a Polícia Federal. Não houve absolutamente nenhuma irregularidade nesse processo de contratação.

Entretanto, houve identificação de irregularidades em duas repúblicas localizadas em Conceição do Mato dentro onde os haitianos estavam alojados, mas que já foram sanadas com a imediata desmobilização destas república.

Em relação à contratação de 58 trabalhadores de regiões do Nordeste, principalmente do interior do estado do Sergipe, a Diedro foi injustamente acusada de aliciamento na contratação desse grupo. Os sergipanos foram contratados de acordo com as normas da legislação brasileira e a Diedro possui cópias de toda documentação, carteiras de trabalho e contracheque.

Após reunião com o Ministério Público do Trabalho, foi oferecido aos trabalhadores a alternativa de rescisão do contrato de trabalho e o retorno ao local de origem, no caso dos nordestinos, enquanto os haitianos tiveram a oportunidade de escolher novos destinos de moradia no País. Tal oferta foi muito bem recebida por quase a totalidade dos trabalhadores. A partir daí, foram tomadas todas as providências cabíveis para a realização desse retorno de forma regular e com total respeito aos trabalhadores.

Os haitianos escolheram os destinos a partir de Conceição do Mato Dentro e os nordestinos regressaram em ônibus fretado para a região Nordeste.

Todos os funcionários haitianos e sergipanos foram dispensados sem justa causa e receberam toda a verba rescisória proveniente de uma dispensa desse tipo, inclusive o seguro-desemprego. Todos os procedimentos relacionados ao processo de desligamento e retorno dos trabalhadores foram acompanhados pela Anglo American e fiscalizados e orientados pelos agentes do Ministério do Trabalho.

Diante do exposto, a Diedro repudia veementemente qualquer associação da situação de trabalho dos haitianos e dos trabalhadores oriundos do Nordeste ao de tráfico de pessoas e trabalho escravo.

Por fim, a Diedro esclarece que atua rigorosamente de acordo com a legislação trabalhista e fornece orientações a respeito das políticas da empresa, pautadas por valores de segurança, responsabilidade e integridade.

Bruno Bedinelli
Diretor Executivo
Diedro Construções e Serviços Ltda.

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