Brasília – Cumprindo o compromisso de fazer uma manifestação mensal a cada dia 28 até que sejam julgados os acusados pela morte em Unaí (MG) de três auditores fiscais e o mortorista da equipe, a Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais, promove hoje às 10 horas, reúne manifestantes em frente ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O protesto tem apoio da DRT/MG.
Os familiares e colegas de Ailton Pereira de Oliveira, Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva pedem que o julgamento seja realizado o mais breve possível, para que as famílias tenham paz e para que se faça Justiça.
Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, Nelson José da Silva, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira, 51, foram assassinados em um trevo conhecido como Sete Placas, na rodovia MG-188, que dá acesso aos municípios de Unaí, Bonfinópolis de Minas e Paracatu.
Eles foram vítimas de uma emboscada durante fiscalização de rotina contra o trabalho escravo. Eles foram averiguar denúncias de exploração de mão-de-obra em fazendas de plantação de feijão em Unaí.
Um dos acusados, Norberto Mânica, um dos maiores produtores de feijão do mundo, sofreu condenação unânime do Tribunal Regional do Trabalho/MG, juntamente com os irmãos Celso e Luiz Antônio, por manterem cerca de dois mil trabalhadores em situação degradante em suas fazendas.