É o que se pode constatar a partir dos dados presentes em relatório da chamada “Moratória da Soja”, que apontam para uma ampliação em 85% nos desmatamentos realizados na Amazônia para o plantio de soja este ano.
O relatório, produzido pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) aponta que, entre a safra passada e a de 2010/2011, a área desmatada para soja chegou a 11.653 hectares.
Para o levantamento, foram monitorados 375 mil hectares em 53 municípios. Em 2009/2010, 6.295 hectares de floresta Amazônica haviam sido derrubados para o plantio do grão.
O avanço da devastação na região foi destaque em matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, além de ganhar repercussão no Blog do Sakamoto.
A avaliação presente nos textos citados é a de que os principais compradores – e responsáveis solidários pelo problema – da soja produzida sem respeitar as regras da “Moratória da Soja” são os chineses. Interessados em preço, e não em preservação ambiental.
E ainda há quem defenda as mais daninhas mudanças no Código Florestal para que os produtores possam desmatar mais e mais – ops, produzir mais e mais… Nas próximas semanas, o Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis da Repórter Brasil irá divulgar um novo estudo sobre os impactos socioambientais da soja, em que certamente essas questões terão grande destaque.