Trabalhadores são libertados em carvoaria no Pará

Um grupo de 23 trabalhadores que era mantido em regime análogo ao de escravidão foi libertado pelo Grupo Móvel de Fiscalização em uma carvoaria, no município de Dom Eliseu, no Pará. Situada no interior da fazenda Aguilar, abrigava os trabalhadores em condições precárias. O alojamento coletivo, coberto de lona preta, não tinha condições de higiene e nem de segurança. Uma criança de 12 anos foi encontrada ajudando na queima de madeira em um dos 64 fornos da carvoaria
Por Agência Brasil
 11/03/2004

Um grupo de 23 trabalhadores que era mantido em regime análogo ao de escravidão foi libertado pelo Grupo Móvel de Fiscalização em uma carvoaria, no município de Dom Eliseu, no Pará. A carvoaria, situada no interior da fazenda Aguilar, abrigava os trabalhadores em situação precária. O alojamento coletivo, coberto de lona preta, não tinha condições de higiene e nem de segurança.

Uma criança de 12 anos foi encontrada ajudando na queima de madeira em um dos 64 fornos da carvoaria. O trabalho era feito sem equipamentos de proteção.

No local, agentes da Polícia Federal apreenderam duas armas de fogo, que foram entregues espontaneamente pelos funcionários da fazenda. A carvoaria, que fornecia carvão vegetal para a Siderúrgica Fergumar (Ferro Gusa do Maranhão Ltda), foi interditada pela fiscalização.

De acordo com o procurador do Trabalho, Luercy Lino Lopes, que participou da ação, os trabalhadores recebiam os salários com atraso e estavam endividados na cantina da carvoaria.

Lino Lopes afirmou que a siderúrgica pode ser responsabilizada pela situação. O dono da fazenda, Robervaldo Aguilar, prometeu, para hoje, acertar o pagamento dos salários devidos aos
trabalhadores. As informações são do Ministério Público do Trabalho.

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