Cerca de 1.500 trabalhadores escravos são libertados neste ano

 23/07/2009

Nos primeiros sete meses do ano, 1.492 pessoas foram libertadas do trabalho escravo no país, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De janeiro a julho, o Grupo Especial Móvel de Fiscalização da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) realizou 63 operações em 164 estabelecimentos. Ao todo, os trabalhadores receberam R$ 2,5 milhões em verbas rescisórias, uma média de R$ 1.675,60 por pessoa e três parcelas de seguro desemprego.

Segundo o MTE, dos 15 Estados brasileiros onde a exploração da mão-de-obra está presente, Pernambuco apresentou o maior número de trabalhadores resgatados da exploração: 369 apenas neste ano. No Estado, foram fiscalizadas nove fazendas em seis operações do Grupo Móvel.

Tocantins aparece em segundo na lista, com 296 trabalhadores libertados no período, seguido pela Bahia, onde 188 pessoas deixaram a situação de exploração.

"A fiscalização do trabalho escravo vai continuar forte em todo o Brasil para apagarmos de vez a sombra desse tipo de exploração", disse o ministro Carlos Lupi, durante entrevista coletiva em Brasília.

Balanço
O MTE informou que, entre 2003 e 2008, 26.890 trabalhadores foram libertados em 1.368 estabelecimentos. Apenas no ano passado, 5.016 pessoas foram resgatadas.

Lista suja
O cadastro de empregadores flagrados explorando mão-de-obra escrava foi atualizado nesta quarta-feira pelo MTE. O número de pessoas e empresas na chamada "lista suja" caiu de 192 para 175 no último levantamento.

23/07/2009

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