Umas das pautas colocadas em questão no dia 3, no auditório Milton Santos, foi o papel da mídia na rede de cidades educadoras, em um painel no qual falaram Ambar de Barros, Aléssio Suria, Neide Duarte e Albert Hemsi.
Sabemos que a educação não está boa, ainda mais quando se trata de educação infantil, por meio da qual queremos educar o que dizemos ser o futuro do nosso país, ou melhor o futuro do mundo.
Quem sabe daqui a vinte anos não vamos precisar nos preocupar tanto com o que elas estão aprendendo na escola. Sentiremos mais seguros em deixá-las em uma sala de aula para aprender o que é certo e o que for necessário para seu desenvolvimento. "É uma tarefa não só de obrigação, mas de solidariedade. O papel dos pais, professores, adultos em geral é construir seres humanos, onde eles saberão conviver na sociedade", afirma Ambar, e completa "Nós somos informantes, onde temos o dever e a obrigação de informar e educar".
O Brasil tem uma educação e uma distribuição de informações importantes muito pobres e medíocres, ainda mais quando falamos de educação infantil, não podemos depender só dos governantes para garantir um futuro para as crianças e aos jovens, temos que ensiná-los a viver. "Com a deficiência que o Brasil tem com a informação, é a hora de agir e lutar para que as crianças se sintam seguras", afirma Ambar de Barros.
Para começar a agir temos que tirar as crianças daquilo que podemos chamar de televisão falsa, programas sem valor. "Temos que construir valores para que elas saibam enfretar o século XXI. Hoje as crianças deixam de estar presentes com seus pais, para ficar em frente da televisão vendo o que não vai se aproveitar", completa Ambar de Barros, jornalista graduada pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Ambar foi umas da fundadoras do projeto Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI) e também trabalhou na Folha de S. Paulo entre outras participações em projetos sociais e ONGs. Atualmente é coordenadora do escritório da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Ediglebson da Cruz