Polícia investiga denúncia de trabalho escravo em restaurante

 15/02/2011

A polícia de Araraquara, na região Central do Estado de São Paulo, investiga uma denúncia de trabalho escravo em um restaurante. Há um mês, os donos trouxeram uma mulher e uma adolescente do nordeste do país para trabalhar, mas as duas dizem que não têm carteira assinada e ainda não receberam salário.

A adolescente de 14 anos, grávida, e a mulher de 32 moravam em um quarto, nos fundos do restaurante. Elas foram trazidas da Bahia pelo comerciante João Pereira de Carvalho. "Minha mulher foi passear e tinha duas moças querendo trabalhar", disse.

O dono do estabelecimento conta que não sabia que a menina era menor de idade. "Ela errou em trazer a menina menor. Nós também não sabíamos que ela estava grávida".

Segundo o comerciante, elas foram contratadas por um salário mínimo, estavam trabalhando há menos de um mês e, por isso, ainda não haviam recebido o primeiro pagamento. "Elas começaram no dia 22 do mês passado", justificou.

As funcionárias já foram retiradas da casa onde viviam e agora serão levadas de volta para a Bahia. A suspeita da polícia é de que elas trabalhavam em situação de escravas, que também investigará o possível aliciamento de trabalhadores. "Elas foram trazidas com a promessa de trabalhar em Araraquara com remuneração, mas elas disseram que isso não tinha ocorrido", disse a delegada Meire de Castro Rodrigues.

O Ministério do Trabalho está acompanhando o caso.

Confira vídeo do caso.

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