Quinto Estado com maior índice de trabalho escravo, Mato Grosso teve 100% das ações de fiscalização de combate a este tipo de crime canceladas. A Justificativa seria a contenção de despesas determinada pelo Governo Federal para este ano, conforme reportagem divulgada pelo jornal de circulação nacional Folha de São Paulo.
Duas operações que estavam programadas para março contra o trabalho escravo, coordenadas pela Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (STRE), foram suspensas sem nenhuma previsão para serem realizadas, de acordo com o superintendente, Valdiney de Arruda.
As operações de combate ao trabalho escravo, consideradas prioridade do Programa Nacional de Direitos Humanos do governo, envolvem um número variado de policiais federais, auditores fiscais e motoristas, além de um procurador. Todos viajam com recursos do Ministério Público do Trabalho.
Com a contenção de despesas a o limite máximo de verba para qualquer fiscalização para este ano foi reduzida pela metade e de R$ 23,5 milhões caiu para R$ 11,9 milhões. O que ocasionou o cancelamento das ações.
O valor específico para ações de erradicação do trabalho escravo também entrou no contingenciamento: passou de R$ 5,3 milhões para R$ 2,6 milhões, segundo o Ministério do Trabalho. Só em 2010, foram gastos com isso R$ 3,3 milhões.
No atual ranking dos Estados com maior número de trabalhadores libertados pelos fiscais no ano passado está Pará com 559; Minas Gerais com 511; Goiás com 343; Santa Catarina com 253 e Mato Grosso com 122.
O único que não foi afetado com o corto no orçamento foi o Pará, por ser o primeiro do ranking, já os outros Estados tiveram apenas parte das ações canceladas e apenas em Mato Grosso houve 100% de suspensão. Com informações da Foilha de São Paulo.