Em 2010, o Paraná foi o quinto estado em registro de trabalho análogo ao de escravo, com a liberação de 120 pessoas, conforme as estatísticas da Divisão de Fiscalização para a Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae). À frente ficaram o Pará (559 pessoas), Minas Gerais (511 trabalhadores), Goiás (343 trabalhadores), Santa Catarina (253 pessoas) e Mato Grosso (122 trabalhadores).
Os números balizam a implantação do Pacto para Erradicação do Trabalho Escravo no Paraná, lançado ontem pelo Ministério Público do Trabalho na sede da Associação Paranaense Base Florestal.
Participaram do lançamento 200 empresas. Elas receberam notificação do Ministério Público do Trabalho sobre a reunião que, além do lançamento do programa, teve como meta debater ações mais eficazes para combater o trabalho análogo ao escravo. As empresas chamadas são das áreas de agricultura, construção civil, indústria da madeira, além das respectivas federações e sindicatos.
O procurador Rafael Garcia Rodrigues fez a apresentação do projeto do MPT "Resgatando a Cidadania". A auditora da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Luize Surkamp, falou sobre o trabalho em condição análoga à de escravo no setor rural e também no setor da construção civil.
Multas – Em 2010, foram lavrados 325 autos de infração, 26 empresas foram fiscalizadas em 6 operações. Foram ainda recolhidos aos cofres públicos R$ 244.898,59 em multas aplicadas às empresas infratoras.
Em 2008, foram realizadas 8 operações em 21 empresas e 155 trabalhadores foram resgatados do trabalho análogo ao de escravo. Em 2009, em 15 operações de fiscalização realizada em 47 empresas, 227 pessoas foram resgatadas.