Maconha e drogas sintéticas, como o ecstasy, são as que mais apresentaram crescimento na apreensão e consumo em todo o mundo nos últimos anos. A sintéticas são mais fáceis de produzir, transportar e usar. Ao mesmo tempo, a maconha está ficando mais forte. De acordo com o delegado Ronaldo Urbano, da Polícia Federal, enquanto o Polígono da Maconha (região do sertão de Pernambuco com grandes plantações da droga) e o Paraguai ainda produzem ervas com 3,5% a 4,5% de concentração de THC (tetrahidrocanabinol, seu princípio ativo), já há no mercado internacional ervas com 30%, produzidas em locais como os Estados Unidos. O consumo e o comércio de heroína e a cocaína permanecem relativamente estáveis. Na Colômbia, as regiões de cultivo de coca têm sido bombardeadas por produtos químicos, como o glifosato – o que vem causando problemas no meio ambiente e afetando as populações locais. A Organização das Nações Unidas anunciou em agosto que os esforços levaram à diminuição da área plantada. Contudo, o juiz Wálter Maierovitch explica que houve uma migração do cultivo para outros países, como Bolívia e Peru, e que as áreas de cocaína continuam do mesmo tamanho.
De acordo com Maierovitch, a ação na Colômbia previa uma redução na oferta de coca e, com isso, um grande aumento no preço da cocaína, prejudicando a venda. "Hoje, a oferta continua, a área de cultivo continua igual e o preço baixou no mercado internacional. Equivale a um cafezinho".
Em 2004, a Polícia Federal apreendeu:
- 155,4 toneladas de maconha
- 561,7 mil pés de maconha (destruindo 36 plantações)
- 7,4 toneladas de cocaína
- 101 quilos de crack
- 82 mil comprimidos de ecstasy
- 715 pontos de LSD
- 50 quilos de heroína
- 70 mil frascos de lança perfume
- 584,3 quilos de pasta base (matéria-prima para o crack e a cocaína)