Existem vários outros exemplos de preservação a partir dos próprios habitantes do lugar. Ações de defesa tanto do meio ambiente quanto de seres humanos à margem da sociedade. Em tese, não há nada mais perfeito, pois os moradores conhecem bem os problemas de sua região e podem implantar soluções melhores e mais coerentes do que as exportadas pela capital federal ou pelo sul maravilha.
Porém, o governo tem dado às costas a muitos desses projetos. Como não foram formulados por nenhum instituto, fundação, ministério ou secretaria vinculados a ele próprio, simplesmente não têm o direito de receber verbas e apoio. Um ato de ego desvairado parecido um pouco com aquele a que nós, jornalistas, estamos acostumados a passar em algumas redações. Muitas vezes, se a defesa de certa bandeira de interesse público se tornou marca do concorrente, não podemos abordar o tema sob pena de fazer “propaganda” ao veículo “rival”.
Em ambos os casos uma infantilidade em que, quem sai perdendo, é toda a sociedade. Descentralizar as ações sociais é necessário para que sejam encontradas respostas para o país.