Íntegra da resposta da JBS

Veja resposta da empresa para a reportagem 'JBS transporta gado de desmatador e contraria política de só ter fornecedor que preserva a Amazônia'
 27/07/2020

Resposta enviada em 22/07/2020

A JBS esclarece que os seus serviços de logística e de transporte seguem as mesmas políticas de sustentabilidade da empresa. Esses serviços também foram igualmente projetados para garantir que sejam adotados os mais altos padrões de bem-estar animal e permitam reduzir o impacto ambiental.

Por meio do seu sistema logístico, o serviço de transporte oferecido pela JBS otimiza o uso de  veículos e da malha logística da empresa, utilizando a distribuição geográfica de mais de 600 caminhões próprios e reduzindo o deslocamento de caminhões vazios. Além disso, ao utilizar carretas de maior porte, é possível transportar um volume maior de animais por veículo, reduzindo o número e o trânsito de caminhões para uma mesma quantidade de animais transportados.

O aplicativo Uboi também segue as políticas de sustentabilidade e de gestão logística da JBS, incluindo as premissas de bem-estar animal. Para realização do transporte, o aplicativo utiliza a base de consulta das listas públicas de áreas embargadas pelo IBAMA e de trabalho escravo do InPacto (Instituto para Erradicação do Trabalho Escravo) e, em casos de acessos ao aplicativo para transporte de animais na Amazônia Legal, é exigido o CAR (Cadastro Ambiental Rural) do usuário. Adicionalmente, faz parte dos sistemas de controle da empresa, a verificação do histórico de transporte realizado por cada contratante.

Por meio desse amplo sistema, a tecnologia empregada no novo aplicativo Uboi, garante que o atendimento aos clientes esteja de acordo com os critérios socioambientais da empresa e permite identificar e bloquear fazendas que sejam identificadas como não conformes, incluindo aquelas que não sejam fornecedoras da empresa – uma vez identificado que a fazenda solicitante não atende aos critérios da JBS, esse pedido é automaticamente cancelado e gerado um relatório interno de bloqueio.

Resposta enviada em 24/07/2020

A JBS não compra gado de fazendas envolvidas em irregularidades e adota uma abordagem inequívoca de desmatamento zero em toda a sua cadeia de suprimentos.

A empresa esclarece que o serviço de logística e transporte fornecido e executado, de forma independente, deve atender às mesmas políticas de sustentabilidade da empresa, incluindo o bloqueio das fazendas que não estejam em conformidade com essas políticas. O serviço foi projetado para garantir que o gado seja transportado de acordo com os mais altos padrões de bem-estar animal, além de reduzir o impacto ambiental do transporte, otimizando a frota de caminhões e deve atender aos critérios de controle da Companhia. As informações mencionadas pela reportagem sobre o transporte de gado entre fazendas/clientes não refletem os padrões operacionais da empresa que iniciou uma avaliação sobre esse tema e que se encontra em andamento.

A Companhia  foi uma das primeiras empresas do setor a investir em políticas e novas tecnologias para combater, desencorajar e eliminar o desmatamento na região da Amazônia – o mesmo se aplica ao que tem se chamado de “lavagem de gado” (uso ilegal de fazendas de terceiros para fornecer gado às unidades de processamento). Sobre esse tema,  desde 1º de julho de 2020, foi acordado com o Ministério Público Federal do Brasil a adoção de um novo ‘índice teórico’ de produtividade pecuária como critério de monitoramento obrigatório para todos os processadores signatários dos TACs (Termos de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Federal.) Esse índice foi desenvolvido inicialmente pela JBS em parceria com outras partes interessadas no âmbito do programa “Boi na Linha”.  Além desse abordagem setorial, outras medidas são estudadas internamente.

Sobre a rastreabilidade de fornecedores indiretos, a JBS também investe em diferentes projetos, entre eles o estudo de uma abordagem inovadora em blockchain, além do direcionamento de um novo procedimento para as GTAs (Guias de Permissão de Trânsito Animal) que irá possibilitar à JBS e outras empresas processadoras de carne bovina solicitar e monitorar que seus fornecedores diretos comprem apenas bezerros de fazendas com status “GTA-Verde” (livre de desmatamento). Esse trabalho se baseia e tem origem em nossa rigorosa Política de Compra Responsável de matéria-prima, implementada desde 2009, que inclui monitoramento sistemático de todos os fornecedores diretos localizados na Amazônia. As fazendas que não cumprem essa política da JBS são imediatamente bloqueadas em sua cadeia de suprimentos.

A empresa encoraja que qualquer evidência de irregularidade individual ou nas fazendas deve ser denunciada às autoridades competentes para que possa ser abordada adequadamente.

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